Mestrando da EEFFTO é convocado para a seleção brasileira de futebol sub-20

11/07/2016 | 09:52

Todo trabalho bem desenvolvido e permeado por esforços constantes é digno de reconhecimento. Leonardo Henrique Silva Fagundes, mestrando da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), da UFMG, é um exemplo de profissional que se atentou às diversas possibilidades de qualificação do mercado e hoje colhe os frutos da sua determinação. Ele foi convocado, no mês de junho, para a seleção brasileira de futebol sub-20, na condição de preparador físico das equipes sub-20 e sub-18.

Na EEFFTO, Leonardo faz mestrado na área de “Psicologia do Esporte e Neurociência aplicada ao comportamento humano”, cujo título da dissertação é “A motivação e overtraining podem predizer burnout em atletas de futebol profissional?”, sob orientação do Prof. Dr. Varley Teoldo da Costa. Há seis anos trabalhando como preparador físico do América Futebol Clube, Leonardo demonstra sua satisfação e gratidão pelo reconhecimento do trabalho que desenvolve na equipe, do qual ele faz questão de dividir os méritos com toda a comissão técnica do Clube alviverde.

“Ser convocado, para mim, é a realização de um grande sonho, é a oportunidade de ser reconhecido pelo trabalho que estamos desenvolvendo no América. Trata-se de um momento mágico que estou vivendo, sobretudo de aprendizado e crescimento profissional, e hoje me sinto muito feliz e honrado em servir a seleção brasileira”, afirmou.

 

Aos 33 anos, Leonardo é graduado em Educação Física e Fisioterapia, tem especialização em Fisiologia do Exercício e Treinamento Esportivo, e resolveu fazer o mestrado nas áreas de Psicologia do Esporte e Neurociência por acreditar que, além de ter o domínio da preparação física, fisiologia e fisioterapia, entender as ferramentas de contato com os atletas é fundamental para estreitar e aprimorar sua relação com eles. E de certa forma, os aprendizados desse mestrado serão fundamentais em seu novo desafio, na seleção brasileira sub-20, que é o de trabalhar com atletas mais jovens.

Isso porque, mesmo na condição de preparador físico da seleção, o profissional tem a noção que as características de atletas menos experientes demandam uma preparação emocional e psicológica sempre aliada à física. “Minha relação, principalmente, vai ser na orientação da importância deles, ao estarem servindo a seleção, para que eles sirvam de exemplo nos clubes onde trabalham. Será mais uma construção psicológica de um garoto de 20 anos do que a própria parte física. Na parte física, realmente, fazemos as adaptações necessárias, as cargas de treinamento que são diferentes de uma equipe profissional para uma sub-20. Mas nossa preocupação é como lidar com a questão emocional desse atleta que é convocado com 20, 18 anos de idade”, analisou.

 

 

“Tenho a experiência de seis anos trabalhando com atletas profissionais e venho acompanhando hoje, com mais frequência, a base, principalmente do América. Essa experiência de trabalhar com atletas mais jovens está sendo única na minha vida e interessante também, por não ter a vivência com a base em outros clubes. Acaba que todos são atletas de futebol, então é importante que a gente direcione esses meninos dentro dos trabalhos do dia-a-dia”, disse.

Além do desafio de trabalhar com atletas mais jovens, preparar jogadores com os quais não tem um contato rotineiro é outra situação nova, para a qual Leonardo se diz preparado. Iniciando esse trabalho de conhecimento do grupo, que terá competições importantes no ano que vem, como o Campeonato Sul-Americano, no Equador, e o Mundial, na Coreia do Sul, a equipe se apresentou no mês passado para que os atletas fossem avaliados.

 

Carreira

Leonardo fez um estágio, durante a graduação em Educação Física, em uma escola municipal, com alunos de 14 a 16 anos, e também teve algumas experiências em academia. Já cursando Fisioterapia, estagiou no Clube Atlético Mineiro, em 2010, por cerca de um mês, onde acompanhava os treinamentos da equipe alvinegra. Essa foi sua experiência inicial com o acompanhamento diário de uma equipe profissional de futebol.

    Depois disso, Leonardo teve seu primeiro contato profissional com o Clube que defende até os dias de hoje. Em agosto de 2010, começou um estágio no América, e um ano depois, em agosto de 2011, foi efetivado como preparador físico do Clube. De lá para cá, fez duas especializações, em Treinamento Esportivo e Fisiologia do Exercício, começou o mestrado na EEFFTO, que está perto da conclusão, e passou a integrar a comissão técnica da seleção brasileira sub-20, em sua primeira convocação.