19/06/2017 | 15:45
Por Iago Proença
A Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG define nesta segunda-feira, 19 de junho, o seu futuro diretor e vice-diretor para o quadriênio 2017/2021. A votação teve início às 8h30 para os servidores docentes, técnico-administrativos e alunos da Unidade. Duas mesas de votação foram montadas para que os eleitores pudessem escolher uma das duas chapas que concorrem à direção da Unidade. A comunidade da EEFFTO não presenciava uma eleição com duas chapas ha exatos 16 anos. A última vez que a Escola teve um pleito com duas candidaturas à direção ocorreu em 2001.
Candidato pela chapa 1, à diretoria ao lado da professora Luci Fuscaldi, o professor Marco Túlio de Mello votou no início da manhã logo após a abertura da seção. Ele destacou o trabalho realizado pela comissão organizadora durante todo o processo eleitoral e comentou sobre a importância do processo eleitoral com a disputa entre duas chapas.
" O processo eleitoral até agora tem ocorrido de forma satisfatória e é muito bom se ter duas chapas. Primeiro porque se tem mais clareza do que se busca, segundo porque oferece mais opções e terceiro porque se tem uma maneira de expor de forma mais enfática, mais assertiva o que você pretende fazer e quais são seus pilares no pós-eleição. Isso é muito importante para a comunidade da EEFFTO e principalmente respeitando-se o fato de ser uma eleição acadêmica e não política. Não se pode trazer para dentro da universidade o partido político e outros aspectos no que às vezes as pessoas confundem", pontuou Marco.
"Ate o momento tudo ocorreu de uma maneira bem estável e equilibrada, as duas chapas se respeitaram e acho que foi algo extremamente importante, principalmente pensando no pós-eleição. Nós não podemos ter uma disputa para o cargo de diretor e vice onde haja brigas, pois isso traz um prejuízo muito grande para a Escola. Então acredito que a forma com que foi conduzida foi muito boa, e a gente só tem a elogiar a comissão eleitoral, a chapa 2 e todos os envolvidos" enfatizou o candidato.
Já pela chapa 2, candidato à diretoria ao lado da professora Lygia Paccine, o professor Gustavo Pereira Côrtes, votou às 10h30, aproximadamente. Ele argumentou sobre o ganho que a Escola teve com o retorno do debate entre chapas concorrentes à direção da EEFFTO e enfatizou sobre a necessidade de ampliar os encontros entre às chapas concorrentes.
"O processo eleitoral como um todo foi muito construtivo principalmente porque às duas chapas conseguiram apresentar suas propostas mesmo que tenham algumas diferenças básicas entre elas. Todo o processo ocorreu com base num respeito muito grande entre às partes e temos também que se elogiar a realização de um debate entre duas chapas após longo período com apenas uma candidatura. À importância de termos um debate depois de 16 anos já dá o valor necessário pra essas chapas e o debate foi muito importante para que a escola voltasse a dialogar, depois de tanto tempo, propostas que visam à melhoria na EEFFTO", afirmou Gustavo.
"Fomos procurados por alunos, servidores docentes e técnico-administrativos que reclamaram do tempo curto para debate entre as chapas, por acreditarem que apenas um encontro foi muito pouco para conhecerem as ideias e propostas das duas concorrentes. A oportunidade de termos duas chapas concorrentes traz a luz a questão de discussões verdadeiras, tudo foi encaminhado no respeito, na ética mais com ideias diferentes e com formas de conduzir diferentes. Eu acho isso é importante para trazer as discussões pra poder despertar todos como professores, técnico-administrativos e alunos que existem diferenças que devem ser discutidas e que devem ser faladas", declarou Lygia.
O atual diretor da Unidade, e professor membro do Departamento de Fisioterapia, Sergio Teixeira da Fonseca votou no inicio da tarde desta segunda-feira e avaliou o processo eleitoral na Escola. Ele comentou como sedará o processo de transição entre a atual gestão e a que for será eleita.
"Ao invés de ser visto como uma divisão, na realidade o processo se mostra como um símbolo de união em busca de um reparo da própria Unidade através se suas visões. Então é com muita felicidade que eu vejo esse processo dando condições às pessoas a trazerem suas propostas, ampliar o debate e dar o direito às pessoas de escolherem aqueles que vão representa-las pelos próximos quatro anos. Então acho que foi muito interessante essa oportunidade agora", disse Sergio.
"A primeira coisa que a gente deve fazer é ter uma reunião com aqueles que irão gerir a Escola pelos próximos anos e passar tudo que puder, eu acho que esses 3 meses de transição tem que ser participativo aonde eles vão tomar conhecimento do que é a estrutura da escola".
O professor Pablo Juan Greco, lotado no Departamento de Esportes falou sobre a importância eleição para direção da EEFFTO e sobre a oportunidade de acompanhar um novo momento de embate entre duas chapas. Na última vez que Unidade contou com uma eleição entre dois candidatos o docente foi reeleito diretor da Escola.
"Eu entendo que a disputa para um cargo é uma questão extremamente salutar, porque são ideias, às vezes alguns pontos são comuns, outros antagônicos, mas são ideias que as pessoas tem para o desenvolvimento de uma instituição, como, no nosso caso, para o cargo de diretor. Nós temos duas chapas nesse momento que estão concorrendo, cada uma com sua visão, cada uma com seu plano de fundo político, mas cada uma com a intenção de dedicar à instituição um determinado tempo oferecendo o melhor de si para desenvolver mais essa instituição", relatou Pablo.
"Entendo ainda que o fato de ter chapas concorrentes é extremamente salutar porque provoca nas pessoas a um crescimento e desenvolvimento de ideias que vão nascer positivas, o importante nesse tipo de situação é que as pessoas entendam que o que esta havendo é uma disputa por cargo, mas não é uma guerra onde preciso eliminar um inimigo, ao contrário, são apenas ideias diferentes, o importante é uma vez finalizado, seja ele qual for, é que o pessoal que está em sua minoria também congregue com suas ideias em prol da instituição e as ideias adicionastes sejam mantidas, mas sempre na busca dos consensos que permitam o desenvolvimento institucional", afirmou o ex-diretor.
Admir Soares de Almeida Junior é professor lotado no Departamento de Educação Física e ex-aluno da EEFFTO. Ele comenta a possibilidade de passar por esse processo pela primeira vez. "Fui aluno da Escola há 20 e poucos anos atrás e não tive a oportunidade de passar por esse processo como aluno e estou tendo agora como professor", apontou Admir.
Alessandro Rodrigo Pedroso Tomasi e docente lotado no Departamento de Terapia Ocupacional e foi mesário dos discentes. Ele comentou sobre os impactos da votação ocorrer um dia após um longo feriado. "As pessoas estão bem envolvidas com a votação, embora eu ache que com a volta do feriado poucas pessoas se encontram na Escola, tem mais pessoas da educação física do que da terapia Ocupacional até o momento", disse Alessandro.
Márcia Cristina Santa Barbara é servidora técnico-administrativa da EEFFTO e afirmou que a presença de duas chapas engrandeceu o processo eleitoral e afirma que os dois candidatos são excelentes nomes para a futura gestão da Escola. "Eu considero muito importante essa oportunidade de duas chapas em uma eleição, principalmente para que possamos ter uma melhor avaliação do que cada uma delas tem a oferecer para a EEFFTO. Eu acredito que qualquer uma das chapas que vencer a Escola estará em ótimas mãos" disse Márcia.
Jardel Geraldo Pereira Junior esta no sexto período e é aluno do curso noturno de Educação Física da EEFFTO. Ele falou sobre a realização de apenas um debate entre às chapas que disputaram o pleito. "Infelizmente eu não pude comparecer ao debate por conta do horário mais a proposta deles foi a de atender as demandas do noturno. Principalmente a grade do curicular, que esta bem defasada em relação ao curso diurno. Citou como exemplo algumas matérias de treinamento que são fundamentais para o nosso curso e que estão com carga horária bem reduzida", comentou Jardel.
Ana Amélia Moraes Antunes é aluna da Pós-Graduação em Fisioterapia e para ela tempo de debate entre às chapas foi muito pequeno e pode ter atrapalhado no conhecimento das chapas e escolha de algumas pessoas. "Achei o tempo do processo curto, pois vi a divulgação do debate pelo site, mas achei o contato com os candidatos pequeno. Sempre mais democrático quando se tem mais opções de voto, amplia a possibilidade de escolha" argumentou Ana Amélia.
Lídia Aparecida Fernandes é graduanda do 5º período de Terapia Ocupacional e falou sobre o período de campanha antes do pleito. "Achei o tempo ideal para identificar a melhor chapa da minha opinião. Achei bom ter duas chapas, pois aumenta nossas opções" assegurou Lídia