17/10/2017 | 13:37
Por Iago Proença
O projeto de Musculação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG completa, em 2017, 20 anos sob a coordenação do professor Fernando Vitor Lima, do Departamento de Esportes da Unidade. Durante esse período, muitos alunos tornaram-se grandes profissionais, com o desafio de exercitar na prática os três principais pilares da Universidade: ensino, extensão e pesquisa.
Em comemoração a esses 20 anos de projeto, o coordenador da atividade de musculação, em parceria com a Assessoria de Comunicação da EEFFTO, promovem uma campanha comemorativa onde serão divulgados na Unidade depoimentos de docentes, ex-bolsistas e ex-alunos que tiveram a oportunidade de fazer parte desta história.
Durante esse período, coube ao professor Fernando Vítor Lima o processo de reestruturação e modernização do antigo projeto de extensão de musculação que existia na Escola. Segundo ele, a “extensão permite a intersecção entre o conhecimento teórico e prático, adquiridos ao longo da formação acadêmica em Educação Física, por meio da experiência com a prescrição e acompanhamento do treinamento na musculação, junto a uma diversidade de praticantes com perfis e objetivos diferentes”, afirmou.
O processo de reestruturação envolveu ações que permitiram a oferta da atividade para toda a comunidade, incluindo para os diferentes perfis de praticantes, dentre estes, sedentários, jovens, adultos, idosos e atletas. Fernando Vítor explicou que a musculação se renova a cada momento. E que hoje, esse processo deve ser entendido como um momento de “criação, de constante renovação da equipe de trabalho. É um desafio diário, uma vez que aos estudantes deve ser permitida uma integração com suas diferentes demandas na graduação”, declarou.
A extensão em musculação consegue ainda uma integração com a pesquisa, pois várias dissertações de mestrado e teses de doutorado junto ao Programa de Pós-Graduação em Ciências do Esporte vêm sendo desenvolvidas com o apoio do projeto. Além disso, monografias de graduação e especialização também realizam essa parceria.
Em 1996, o então chefe do Departamento de Esportes da EEFFTO, Prof. Pablo Juan Greco, designou o docente Fernando Vitor Lima como substituto do ex-professor da Escola e ex-coordenador da atividade de extensão em Musculação, José Leão Campos, cuja sala leva o nome do prof. Campos – “Sala de Musculação Prof. José Leão Campos Júnior”.
Segundo o prof. Pablo Juan Greco, as dificuldades enfrentadas pela coordenação do projeto, quando houve a substituição, eram de ordem gerencial e estrutural, com equipamentos desatualizados. "Na chefia de Departamento, fizemos o projeto para compra e renovação dos equipamentos. E foram percebidas, ao longo desses anos, a relevância das atividades realizadas na extensão”, disse.
A extensão universitária é um espaço onde o aluno tem a oportunidade de interagir com os diversos campos de saberes que Universidade oferece, indissociáveis do ensino e da pesquisa. Por meio da extensão, o estudante tem acesso na prática a situações que ele poderá exercer durante sua vida profissional.
Assim, a extensão, como dimensão formativa essencial, cumpre seu papel oferecendo um espaço de interação e diálogo entre a Universidade e os diversos setores da sociedade
O trabalho de extensão exercido pelos discentes é um ponto a ser destacado. A professora Kátia Lúcia Moreira Lemos, lotada no Departamento de Esportes da EEFFTO, falou sobre a importância da participação dos alunos no projeto. “É uma formação complementar de altíssima qualidade, tendo em vista as vivências agregadas pelo estudante sejam eles monitores, estagiários ou usuários”, afirmou.
A ex-aluna do curso de Educação Física da EEFFTO, Fernanda Nândrea Gomes Antunes participou do projeto de extensão entre 2013 e 2016. Atualmente, trabalha em uma assessoria esportiva, atuando na musculação e treinamento funcional. Segundo Fernanda, a participação como monitora e estagiária da musculação foi muito importante para sua formação profissional. “Acredito que aprendi muita coisa durante minha participação no projeto, tanto em questões acadêmicas quanto para didática com alunos e professores”, afirmou.
Ainda de acordo com a profissional, cada etapa dentro do estágio teve grande importância, “a minha vivência como observadora dos alunos e até mesmo a prática da musculação em si, agrega muito valor, além de ajudar a adquirir o feeling para prescrição de exercícios adequados, para cada aluno e o que se espera com cada manipulação”, disse.