Alunos da licenciatura nas disciplinas de estágio do curso de Educação Física apresentam trabalhos no Espaço de Convivências da EEFFTO | EEFFTO - UFMG  


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Alunos da licenciatura nas disciplinas de estágio do curso de Educação Física apresentam trabalhos no Espaço de Convivências da EEFFTO

06/12/2018 | 11:41

Por Cíntia Militina 

Produção de textos, narrativas em quadrinhos e áudio visual marcaram a amostra de trabalhos desenvolvida pelos alunos da licenciatura nas disciplinas de estágio do curso de Educação Física da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG. A apresentação que é coordenada pelos professores Andrea Moreno, Admir Almeida Júnior, Cláudio Márcio de Oliveira e José Ângelo Garíglio, foi realizada nesta quinta-feira, no Espaço de Convivências da EEFFTO.

Cursando o sexto período de Educação Física, Randley de Castro Cruz participou do grupo do estágio 1 onde organizaram uma exposição de redações contando como foi a experiência durante essa passagem na escola.

“Nosso trabalho mostra pequenos recortes que de certa forma mexeram com os alunos nessa experiência de seis meses. Produzimos em texto, registros, recortes que promovem reflexão e que de alguma forma nos tocaram e marcaram a nossa formação como professor. Muitos têm haver com a essência da docência, o ser docente, ser professor mesmo, então a maioria dos trabalhos aqui tem essa visão do que nos marcou. Por meio de um pequeno texto a ideia é que as pessoas possam captar a diversidade, o universo plural, complexo e dinâmico que é a escola”, destacou.

Esse processo é fundamental para nossa formação. A escola é um universo muito complexo, é preciso ter um olhar critico para que você consiga entrar e atuar na docência.  
Foto: Cíntia Militina/Assessoria EEFFTO

Há dois anos na equipe de estágio, o docente Admir Soares de Almeida Júnior, que divide a disciplina de estágio 2 com o professor José Ângelo falou sobre a dinâmica do seminário e dos desafios propostos para os alunos.

“Esse é o seminário final de estágio onde os alunos são desafiados a apresentarem uma produção que sintetiza a experiência de estagio deles, produzidas ao longo do semestre. Com isso a gente vem tentando trabalhar as diferentes linguagens, o eixo da produção dos alunos é a narrativa, então a ideia é que eles possam narrar de diferentes formas e maneiras a experiência do estagio”, comentou.

 

O processo de amadurecimento que é construído ao longo das três disciplinas de estagio tem características muito singulares em cada etapa, o texto escrito, o texto fotográfico e o texto audiovisual.
Foto: Cíntia Militina/Assessoria EEFFTO 

O docente explicou ainda como cada uma das turmas tem sua função específica dentro do processo de organização desta mostra que reúne as experiências vivenciadas pelos alunos da disciplina durante o semestre. 

“Os alunos do estágio um produzem uma narrativa escrita que a gente denomina de pipoca pedagógica, que é uma narrativa escrita e curta, que tenta apresentar uma parte mais significativa do estágio vivida no primeiro semestre. A turma do estágio dois é desafiada a apresentar histórias em quadrinhos trabalhando com a linguagem fotográfica onde eles precisam produzir ao longo do semestre, diversas fotografias e no final selecionar algumas para trabalhar e montar uma história em quadrinhos para os visitantes. No estágio três, eles são desafiados a produzir documentos audiovisuais, pequenos documentários que são frutos do desenvolvimento de atividades didáticas, porque nessa fase eles precisam desenvolver atividades pedagógicas com os estudantes das escolas, e esse é o momento que os grupos podem compartilhar essas produções e conhecer a produção dos outros processos”, ressaltou.

Visitando pela primeira vez a amostra de trabalhos do seminário, a estudante Ana Luiza de Oliveira, foi convidada por duas alunas do estágio 3 a conhecer o trabalho e ficou muito impressionada com os resultados encontrados.

“As apresentações do primeiro estágio me chamaram muita a atenção, pelo fato de ser o que nós vivemos dentro do colégio e isso é muito legal. Pode ver esses acontecimentos com o olhar de outras pessoas é muito importante. Durante a leitura dos trabalhos, observei que já passei por algumas das situações dentro do colégio. Essa visita é muito importante para abranger o nosso conhecimento e conseguir visualizar de uma maneira diferente”, comentou.

Eu, por exemplo, quero fazer odontologia, mas eu preciso aprender com eles, conhecer e estudar outras áreas para mim é muito importante.
Foto: Cíntia Militina/ Assessoria EEFFTO 

Com o desafio de elaborar uma história em quadrinhos, o aluno do nono período do curso de Educação Física da EEFFTO, Leandro Alvarenga de Oliveira ressaltou o trabalho realizado pelos professores e de como a experiência dos estágios é importante para os alunos

“Os três professores de estágio vem fazendo um trabalho em conjunto de renovação pedagógica que é bem interessante. Eles promovem uma possibilidade para que o aluno desenvolva a capacidade de síntese e analise de diferentes formas e meios, tanto na perspectiva escrita com o estágio 1, a visual do estagio 2 e o áudio visual no estágio 3 na produção de vídeos. A experiência com os estágios é um momento muito rico. Você consegue sistematizar a sua experiência na escola, então você traz elementos da prática que é fundamental para atuação do professor e associa a teoria produzida aqui na faculdade. Todo o conhecimento produzido faz muito mais sentido e tem muito mais significado para o aluno”, disse.

A forma de produção da narrativa, do relatório e a experiência da escrita faz com que você amadureça o seu olhar.
Foto: Cíntia Militina/Assessoria EEFFTO

Docente da Faculdade de Educação, Andrea Moreno trabalha com a disciplina Estágio 3 no curso de Educação Física e com a disciplina Corpo e Educação no curso de Pedagogia falou da importância que o processo dos estágios tem na vida do aluno que decide ser professor e também das dificuldades encontradas no dia a dia.

“Acho que é muito importante lidarmos com a ideia de que professor se forma sendo professor. É claro que por mais que as disciplinas teóricas ao longo do curso sejam muito importantes, nós não podemos perder de vista que eles serão professores no chão da escola, com sujeitos reais e materiais reais, uma escola que nenhuma teoria dá conta totalmente, porque o mundo real é muito mais rico e contraditório que isso. No estágio três é que alguns deles entraram efetivamente em escolas públicas, estarão à frente de uma turma, viverão os conflitos de uma escola, sentarão para assistir um conselho de classe, durante o intervalo vão conviver com professores de outras disciplinas, vão ver que a escola tem uma dinâmica que não é encaixotada, que não é totalmente previsível. A escola é muito dinâmica, então é muito interessante como esse percurso, de toda a formação, mas, sobretudo nos estágios 1, 2 e 3, como eles vão se apropriando desse lugar e se sentindo mais a vontade lá. É claro que a gente sempre diz que ninguém sai totalmente pronto em nenhuma profissão. A universidade é o primeiro passo, um convite, e eu costumo dizer que o estagio três é um convite para os alunos perceberem que eles vão se tornando professores à medida que os anos vão passando”, afirmou.

Essa amostra é a radiografia e a síntese de todo o processo realizado durante os estágios. 
Foto: Cíntia Militina/Assessoria EEFFTO