Atual gestão da EEFFTO completa seu primeiro ano a frente da administração da Unidade | EEFFTO - UFMG  


Alto Contraste

PT ENG ESP





Atual gestão da EEFFTO completa seu primeiro ano a frente da administração da Unidade

27/12/2018 | 14:30

Por Isabela Trindade

Em outubro de 2017, a Diretoria da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG assumiu uma nova configuração, com a posse do professor Gustavo Pereira Côrtes, do Departamento de Educação Física, como diretor e da docente Lygia Paccini Lustosa, do Departamento de Fisioterapia, como vice-diretora. A equipe completou recentemente seu primeiro ano de gestão, que terá duração até 2021, e realizou mudanças em busca da melhoria e aperfeiçoamento da EEFFTO, mas também enfrentou muitos desafios, que poderão persistir nos próximos anos.

O diretor Gustavo Pereira Côrtes tem uma trajetória longa dentro da Escola. Concluiu sua graduação em Educação Física na Unidade, e se consolidou como artista, educador, pesquisador e diretor do Grupo Sarandeiros. Além disso, também já assumiu cargos como coordenador do Centro de Extensão (CENEX) da EEFFTO, chefe do departamento de Educação Física e membro do Conselho Universitário da UFMG, representando a Escola.

Atualmente enfrentando obstáculos do cargo de administração da EEFFTO, Gustavo acredita que todas as outras experiências que já teve em gestão foram fundamentais para que conhecesse as questões principais da Unidade, além da parceria com a antiga diretoria.

“O diálogo com a gestão anterior, dos professores Sérgio Teixeira da Fonseca e Herbert Ugrinowitsch, foi de extrema importância para que a transição transcorresse da melhor forma possível. Sempre tive um excelente diálogo com ambos os docentes e isso ajudou para que não assumíssemos a Escola às cegas, sem saber de suas adversidades. Como a eleição ocorreu muito antes de nossa posse definitiva, eu acompanhei de perto algumas decisões que seriam implementadas em nossa gestão, o que foi essencial”, disse.

"Acredito ser importantíssimo ouvir as pessoas que fazem parte da Escola e tentar, na medida do possível, colocá-las nos lugares em que elas se sentem mais confortáveis".
Foto: Iago Proença/Assessoria EEFFTO

Outro ponto destacado pelo diretor foi sua relação com a vice-diretora Lygia Paccini, com quem tinha uma relação profissional na congregação da EEFFTO, mas descobriu grande afinidade nas decisões, e na maneira como a gestão da equipe é vista pelos funcionários.

“A meu ver, não existe um diretor e uma vice-diretora, mas sim uma direção que trabalha em conjunto, mantendo o diálogo com a própria Escola. Nós temos muitas coisas em comum e abraçamos a Unidade verdadeiramente como uma filha, o que tem sido fundamental em nossas relações. Muitas vezes ouvimos que somos de uma gestão muito apaixonada, porque realmente vamos atrás do que é preciso, e acredito bastante nisso. A paixão pode te levar à loucura ou à racionalidade do amor, e acho que estamos nesse meio termo. Tanto eu quanto Lygia estamos completamente a serviço da Escola e estamos presentes em todos os momentos de tomada de decisão na UFMG, para que a EEFFTO seja representada”, comentou.

O professor Sérgio Teixeira da Fonseca, do Departamento de Fisioterapia, ocupou o cargo de diretor da Escola durante a gestão de 2013 a 2017, ao lado do docente Herbert Ugrinowitsch, do Departamento de Esportes, vice-diretor do mandato. Para ele, a transição entre diretorias se deu de forma tranquila e com bastante diálogo.

“Tanto Gustavo quanto Lygia são pessoas de minha convivência das quais gosto muito. Com respeito mútuo entre todas as partes, a transição foi feita com abertura para conversas, discussões e conselhos. Mudanças são sempre bem vindas, pois trazem novas ideias e motivações, o que renova o espírito dos que querem contribuir, e isso é perceptível na nova diretoria. Eles tem um brilho nos olhos e uma clara vontade de fazer algo pela EEFFTO, com muita disposição para fazer o certo, discutir, ouvir e tentar atacar os pontos que minha gestão não conseguiu, através de suas próprias ideias e visões”, falou.

 "A tarefa de administrar não é fácil, pois depende de fatores que não estão sob seu controle, então é algo que tentamos elaborar internamente da melhor maneira possível".
Foto: Iago Proença/Assessoria EEFFTO

O fim de sua gestão, no entanto, foi marcado por adversidades e complicações, devido à crise econômica do país e ao corte orçamentário sofrido pela Universidade, o que gerou muitas dificuldades na realização e prosseguimento de ações dentro da Unidade.

“Saímos de uma situação favorável antes de 2015, em que a UFMG estava com orçamento relativamente bom e com possibilidades de investimentos, e a partir desse ano tivemos uma restrição orçamentária. Isso fez com que vários cortes fossem necessários em seguimentos terceirizados e melhorias estruturais. O orçamento da Escola não foi alterado, por isso conseguimos equilibrar melhor questões relacionadas a servidores, mas tivemos um prejuízo gigantesco com relação aos investimentos em infraestrutura", contou.

Lygia Paccini, vice-diretora da EEFFTO, assumiu o cargo intimidada, já que a experiência com gestão é recente para ela, mas com expectativas de poder ajudar e acrescentar no que é realizado dentro da Unidade de forma correta e honesta.

“Nossa gestão começou em uma época difícil, não só tendo como base a situação do país, de crise política e econômica, mas também porque estava havendo a mudança de gestão da própria UFMG, o que por si só já traz novos desafios. Durante este ano, buscamos pensar sempre em formas de melhorar a Escola para contribuir para pessoas dos três segmentos: professores, técnico-administrativos e alunos", ponderou.

"Gostaríamos de poder contratar mais funcionários, mas, como não podemos, a realização de algumas ações fica mais difícil".
Foto: Iago Proença/Assessoria EEFFTO

A professora Lygia ainda ressaltou algumas das realizações da nova gestão no último ano, principalmente em questões de infraestrutura e relacionamento com os públicos da EEFFTO.

"Dentre nossas propostas iniciais muita coisa já vem sendo feita, principalmente com relação às questões de infraestrutura e relação com as pessoas. Somos uma unidade que tem alguns anos, algo que por si só gera problemas estruturais. Já conseguimos modificar muitas coisas, mas nosso maior desafio continua sendo  relacionado à falta de espaço para a quantidade de pessoas que a Escola atende, o que dificulta a realização de algumas ações", explicou.

Realizações da gestão Gustavo-Lygia:

Remanejamento do setor de Enfermagem

 

“Os remanejamentos são importantíssimos e a primeira obra que realizamos foi a do setor de Enfermagem, que estava em um local inadequado. Não foi um processo fácil, demandou tempo para a efetivação do projeto, mas agora o setor está em um lugar adequado, onde os funcionários podem se sentir valorizados e as pessoas podem ser atendidas de maneira digna”.

Projeto de reestruturação
das quadras externas

 

 

“A estrutura das quadras tem mais de 25 anos de estagnação e agora já temos um projeto pronto para execução da reforma. O que precisamos agora é conseguir verba para a implementação, o que demanda tempo, mas já tivemos um grande avanço com a criação do projeto”. 

 

Reinauguração das obras
do LAM/LADIRE

 

“As obras dos dois laboratórios foram iniciadas em 2009 e paralisadas totalmente no final de 2014. Este ano conseguimos retomá-las, o que foi fruto do nosso investimento e presença na comissão de obras da UFMG. A estrutura está cerca de 70% completa e estava se deteriorando pela falta de continuidade, mas, após conseguirmos o restante da verba necessária junto à Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), a obra foi retomada e tem previsão de finalização para abril de 2019”.

 

Aprovação do curso de
pós-graduação de Estudos
da Ocupação

“No início de dezembro, foi aprovado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) o novo curso de mestrado acadêmico da EEFFTO em Estudos da Ocupação. Estamos implementando nosso novo centro de pós-graduação, aprovado pela Egrégia Congregação da Unidade na gestão anterior. O processo necessitou de remanejamento de alguns setores e também a ampliação das secretarias, pois existiam três cursos de pós graduação em 2017 e agora contamos com cinco cursos: Ciências da Reabilitação, Ciências do Esporte, Ciências da Ocupação, Estudos do Lazer e Mestrado Profissional em Educação Física Escolar”.

Fortalecimento da
Assessoria de Comunicação

 

“O site, comandado pela Assessoria de Comunicação, tem crescido bastante nos últimos meses e é um local que dá abertura para a transparência da EEFFTO em todos os sentidos, seja nas relações estabelecidas através dos orçamentos da Escola, nos projetos desenvolvidos, no cumprimento do objeto dos contratos assumidos, entre outras coisas. O ponto principal é realmente levar ao mundo o conhecimento produzido aqui, para que possa haver relação da construção do conhecimento dentro dos nossos muros com melhorias na sociedade”.

Implantação do Conversatório
e Opine EEFFTO

 

“O Conversatório e o Opine são espaços de escuta acadêmica fundamentais para melhor diálogo entre direção, alunos, professores e servidores técnico-aministrativos. A ação do Conversatório mobiliza todos os colegiados, além de ter o apoio de diversos setores da Escola, se consolidando como uma escuta organizada e planejada, que atende uma das propostas da direção, de dar voz e ouvir a todos aqui presentes".

 

Reforma da sala de Judô

"Em conjunto com o projeto do professor Bruno Penna, desenvolvido em parceria com o Ministério dos Esportes, foi realizada uma reestruturação da sala do judô com retirada do puxadinho do Centro de Estudos, Pesquisas e Extensão em Educação Física Escolar (PROEFE), que foi realocado em uma sala melhor e mais adequada ao grupo de trabalho. O apoio da direção foi fundamental na reforma da estrutura da sala de judô e o investimento realizado tornará o ambiente da EEFFTO um tatame de qualidade olímpica, com uma das melhores salas de lutas do Brasil”.