Semana em Comemoração dos 50 anos de federalização da EEFFTO

30/10/2019 | 11:25

Por Thiago Peruch

A Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) está comemorando os 50 anos de federalização. A semana de festividade se iniciou na segunda-feira, dia 21 de outubro, com uma Reunião da Egrégia Congregação da Unidade. No restante da semana, atividades de lazer e palestra fizeram parte das comemorações.

Em 21 de outubro de 1969, a Escola de Educação Física de Minas Gerais foi agregada à Universidade Federal de Minas Gerais, por meio do Decreto-Lei 997. A inserção definitiva deu-se com a instalação da Congregação da Escola de Educação Física, no ano de 1973. Em 1979, os cursos de graduação em Fisioterapia e Terapia Ocupacional iniciaram suas atividades na Escola de Educação Física. A Resolução Complementar nº 01/2001, de 05 de julho de 2001, alterou o nome da Unidade para EEFFTO.

Junto aos 50 anos de Federalização da Unidade, os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional completam também 50 anos de criação e 40 anos que começaram a ser ofertados na UFMG. Graduada pela Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, a professora emérita da EEFFTO Lívia de Castro Magalhães ministrou a palestra “Terapia Ocupacional da UFMG: 40 anos de história”, falando sobre o início das suas atividades docentes na Unidade e das dificuldades que passaram.

“Nós entrávamos juntos para fazer Fisioterapia e Terapia Ocupacional e depois íamos nos separando. Nos dois primeiros anos, a gente quase não tinha contato com a profissão. E depois tínhamos umas disciplinas mais específicas. E aqui na UFMG se reproduziu (a grade curricular) mais ou menos isso. Então, o currículo inicial era muito dependente do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), era muito dependente da Medicina, o que criou alguns entraves, alguns problemas”, disse.

O professor Sérgio Teixeira da Fonseca, do Departamento de Fisioterapia, apresentou a palestra “Evolução da Fisioterapia na UFMG: 40 anos de história”. Para ele, a mudança pela qual o curso passou é histórica e inesperada, que passou por um trabalho em grupo que recebeu o Departamento de uma forma e agora o entrega como referência.

“O que eu vejo na nossa história é sinônimo de transformação. O Departamento de Fisioterapia saiu de uma condição em que era reconhecida por não ter massa crítica, para ser capaz de ter um programa de mestrado nível IV em espaço de 10 anos. Temos que honrar muito o nome daquelas pessoas, que hoje em dia estão aposentadas", explicou.

O Centro de Treinamento Esportivo (CTE/UFMG) também participou das festividades dos 50 anos da EEFFTO. A Equipe Paralímpica promoveu uma atividade de Golbol no Ginásio da Unidade, esporte coletivo que tem objetivo de arremessar uma bola, com intuito de passar entre na baliza do adversário. Carla da Mata, Supervisora técnica da Equipe conta que o desporto foi criado para deficientes visuais para ser uma atividade de socialização e reabilitação física e social.

“Hoje, o Golbol é uma vivência fundamental, principalmente para quem está saindo da graduação da Educação Física. Supondo que um deles dê aula em uma escola que tenha alunos com baixa visão ou com perda total da visão, ele pode utilizar os fundamentos da modalidade para começar o trabalho com estes alunos com deficiência visual e estimular a atividade física”, comentou.

A palestra “Contribuição do Departamento de Esportes para o Curso de Educação Física da UFMG” foi ministrada pelo professor Pablo Juan Greco. O docente apresentou os professores e suas pesquisas que colaboraram para a história da Escola

“Precisamos continuar na busca de excelência e interação ensino-pesquisa-extensão relacionados com as áreas de conhecimento dos docentes do Departamento de Esportes, ampliando nossas ações nos diferentes campos da saúde”, contou.

A pós-doutoranda da EEFFTO, Michele Moraes, apresentou o “Projeto Mediantar: da Fisiologia de Extremos à gestão da saúde na Antártica, que tem objetivo de estudar as respostas psicobiológicas de mergulhadores da marinha brasileira antes e depois do mergulho em águas com distintas temperaturas.

"Nós realizamos coletas de dados nos navios polares, em acampamentos e iremos iniciar as coletas de dados na Estação Antártica Comandante Ferraz.Nas coletas de dados, realizamos aplicações de questionários, coletas de materiais biológicos (sangue, saliva, urina), medidas de temperaturas corporais, medidas de variáveis cardiovasculares e de controle autonômico", falou.

O Programa do Envelhecimento Ativo e o Programa Dança Experimental ambos da UFMG, mostraram todo o gingado no Espaço de Convivência da EEFFTO. Os idosos apresentaram o bolero, o soltinho e o Tango. Enquanto os alunos da Professora Isabel Coimbra fizeram duas apresentações, uma sobre o Balé Clássico Experimental e outra sobre as Linhas Curvas da Pampulha, mostrando as obras do arquiteto Oscar Niemeyer na Orla da Lagoa.

Na sexta, o Programa de Educação Tutorial - Educação Física e Lazer (PET-EFL) promoveu atividades de lazer para a comunidade da EEFFTO. Futebol de sabão, jogos de festas e a tradicional Tarde de Jogos foram os exercícios proporcionados pelo Programa. Ainda na sexta, a Associação Atlética Acadêmica da Escola também organizou as finais da OlimpHércules de basquete, futsal, handebol e vôlei no Ginásio da Unidade. Confira aqui as fotos de sexta.

O Centro de Memória Educação Física, Esporte e Lazer (Cemef) realiza exposições: "Federalização da Escola de Educação Física de Minas Gerais: entre movimentos antecedentes e decorrentes de sua incorporação à UFMG” e “A EEFFTO na UFMG, a invenção de um lugar”, confira matéria.