10/01/2022 | 17:49
Por Iago Proença
Grupo Sarandeiros da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO/UFMG) retornam aos palcos com o espetáculo: “Nos Passos do Grupo Sarandeiros”, inspirado no livro homônimo com autoria de Gustavo Côrtes e Petrônio Alves. As apresentações ocorrerão nos dias 4, 5 e 6 de fevereiro de 2022, no Teatro Raul Belém Machado; e no dia 9 de fevereiro, no Teatro Centro Cultural Unimed-BH Minas Tênis Clube.
O evento integra 47ª Campanha de Popularização do Teatro e Dança de 2022 e marca o retorno do Grupo Sarandeiros as exibições públicas que foram interrompidas em razão da pandemia de Covid-19.
As entradas devem ser adquiridas no site do evento da campanha ou pelo o link: https://www.vaaoteatromg.com.br/detalhe-peca/belo-horizonte/nos-passos-do-grupo-sarandeiros
A obra apresenta o caminho percorrido pelo Grupo nos últimos 20 anos, considerando a relação entre a pesquisa acadêmica, o fazer artístico e o compromisso ético com a cultura popular e com as danças tradicionais brasileiras.
Os diretores do Grupo Sarandeiros, Gustavo Côrtes e Petrônio Alves, explicam como foi o processo de elaboração do espetáculo: Nos Passos do Grupo Sarandeiros.
“Na construção deste espetáculo o Sarandeiros destaca algumas das principais danças realizadas pelo grupo, nas últimas duas décadas de existência. A ideia é apresentar a trajetória do Sarandeiros marcada pela junção de pesquisa acadêmica e elaboração artística, unindo arte e ciência com a exibição do espetáculo: “Nos Passos do Grupo Sarandeiros” e o livro homônimo publicado em 2021, comentaram.
História:
O Sarandeiros, anteriormente denominado Grupo de Dança experimental da Escola de Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG – nasceu em 1980, coordenado pelas professoras Vera Soares e Marilene Lima, para alunos do curso de Educação Física. Em 1987 passou a se chamar Grupo Sarandeio e apresentava uma produção artística basicamente de danças internacionais, com apresentações no âmbito da universidade. Com a aposentadoria das duas professoras em 1995, o grupo retomou os trabalhos em 1997, com a chegada do professor Gustavo Côrtes que, com novas ideias e propostas, ampliou o acesso ao grupo, abrindo as atividades do Sarandeio para pessoas de fora da universidade, transformando-o em um grande projeto de extensão universitária. Desde então, o trabalho assumiu diferentes perspectivas, mantendo seu viés acadêmico e extensionista e ampliando sua atuação na cena artística e cultural municipal, estadual, nacional e internacional. As mudanças foram decorrentes de um fazer artístico em constante devir, tendo sempre como local privilegiado a cultura popular através das danças do Brasil, reconhecendo o valor dos saberes tradicionais, e dos modos de expressão de seus povos.
As obras do grupo sempre se ancoraram em uma prática de pesquisa cuidadosa e rigorosa, o que possibilitou provocar, tanto na academia quanto no público, reflexões importantes sobre a nossa diversa e controversa cultura popular. Além disso, o desenvolvimento do trabalho teórico tencionou a cena artística, ao produzir novos lugares para uma dança que não se enquadrava nos grupos denominados Parafolclóricos – aqueles que apresentam folguedos e danças folclóricas cujos integrantes não são portadores das tradições representadas –, mas também não abandonava a tradição como seu objeto de cena. Com uma produção cultural intensa, 16 turnês internacionais e uma participação ativa no Brasil e no exterior, o Sarandeiros se consolidou, nos últimos anos, como um dos maiores e melhores grupos de danças brasileiras no país, através de um trabalho exemplar de pesquisa e divulgação das manifestações populares nacionais.
A inspiração inicial para a delimitação do tema desta apresentação partiu do desejo de apresentar o processo metodológico e o trabalho de criação do Sarandeiros, através das pesquisas norteadoras dos espetáculos produzidos a partir de 1997. Nesta obra serão abordadas algumas danças dos seis espetáculos últimos espetáculos construídos pelo Sarandeiros, explicitando os caminhos metodológicos traçados e as danças traduzidas para as artes da cena a partir das pesquisas realizadas. Cada espetáculo nos permite compreender as diferentes formas dos trabalhos coreográficos executados pelo grupo, sempre em diálogo constante com novos processos metodológicos de criação, elaborados a partir das experiências práticas. Refletir sobre os elementos produzidos a partir das pesquisas realizadas e os caminhos que levam aos processos de criação de cada projeto artístico do Sarandeiros nos últimos 20 anos consistem em elemento fundamental para compreensão do objetivo do espetáculo: NOS PASSOS DO GRUPO SARANDEIROS.
Serviço:
Autor:
Gustavo Cortes e Petrônio Alves
Diretor:
Gustavo Cortes e Petrônio Alves
Produtor:
Diogo Silveira
Sinopse:
Ao completar 40 anos de trajetória, o Sarandeiros da UFMG apresenta um espetáculo que faz uma retrospectiva de danças marcantes do grupo, coreografadas nos últimos 20 anos. Ao revisitar as obras: Aquarela Brasileira, Profano e Sagrado, Memórias de Meio Milênio, Dança Brasil, Gerais de Minas, e Quebranto, com 40 artistas em cena, o Sarandeiros reconstrói sua história, reafirmando seu compromisso e dedicação aos estudos do folclore no Brasil.
Elenco:
Ana, Andréia, Barbara, Bruna, Carol, Cecília, Christian, Cristina, Diego, Diogo, Douglas, Gerson, Gustavo, Iago, Izabela, João, Júlia, Larissa, Laura, Laysa, Lívia, Luísa Santos, Luiza Belico, Luiza Ralo, Marcela Mendes, Marcela Silva, Mariana, Marcos, Michele, Palloma, Pedro Barbosa, Pedro Menegasse, Petrônio, Raquel, Thaís, Tiago, Victor e Yasmin.
Sarandeiros nas redes sociais:
Site: http://projetos.eeffto.ufmg.br/sarandeiros
Instagram e Facebook: @sarandeiros