EEFFTO recebe I Treinamento de Ressuscitação Cardioresporatório (RCP) e Desobstrução em Lactentes destinado à discentes da Unidade | EEFFTO - UFMG  


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EEFFTO recebe I Treinamento de Ressuscitação Cardioresporatório (RCP) e Desobstrução em Lactentes destinado à discentes da Unidade

03/10/2022 | 08:40

Por Iago Proença.

No dia 04 de outubro, a Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG recebe o 1° Treinamento de Ressuscitação Cardioresporatório (RCP) e Desobstrução em Lactentes, para acadêmicos da EEFFTO. A atividade está sendo coordenada pelo docente do Departamento de Fisioterapia, professor Rodrigo Marques Tonella, Subcoordenador do NAPq/EEFFTO. A ação integra a programação da Semana de Iniciação Científica na Unidade.

A duração das turmas será de aproximadamente 50 minutos, sendo importante estar de roupas leves, pois os manequins estarão dispostos no chão do espaço de convivência (segundo andar da EEFFTO), em frente aos bancos do "xadrez" e os participantes necessitarão estar ajoelhados para o treinamento. Como há um limite de bonecos, serão validadas as 10 primeiras inscrições por horário (vagas para o curso se esgotaram).

O treinamento tem como objetivo promover o treinamento em RPC em adultos e desobstrução em lactantes, visando o treinamento de discentes da EEFFTO no atendimento adequado e imediato de emergências cada vez mais comens no cotidiano. O docente Rodrigo Tonella, explica como surgiu a iniciativa de organizar o treinamento.

O treinamento em Suporte Básico de Vida já faz parte da minha formação profissional desde 2009, como instrutor de BLS pela American Heart Association. Durante esse tempo realizei muitos cursos por todo o Brasil e o que chama mais atenção é o desconhecimento das técnicas básicas de compressões torácicas e manobras de desengasgo. Diante disso, resolvi ministrar a vivência em nossa comunidade, para treinar e difundir as técnicas de RCP, desengasgo em lactentes e utilização de desfibrilador externo automático”, disse. 

A ressussitação cardiorrespiratória precoce, fornecida por um profissional treinado, ainda no local, aumenta as chances de sobrevida à vítima e uma menor chance de sequelas. As manobras de desobstrução do lactente são essenciais para eventos de engasgo de crianças menores de um ano, frequentemente acometidas por aspiração de leite materno. O exercício preciso dos procedimentos pode evitar a evolução para quadros mais graves, como a PCR (parada cardiorrespiratória).

Casos recentes mostram o desespero de pais e mães durante o engasgo de seu filho recém-nascido, recebendo o primeiro atendimento pelo telefone, na maioria das vezes por agentes públicos (Bombeiros, Militares e ou socorristas do SAMU). O professor Rodrigo Tonella explica ainda, como o treinamento vai auxiliar no atendimento de casos do tipo.

“Casos como esse são comuns e quando envolvem crianças, tudo fica  mais angustiante. É justamente diante de fatos trágicos como esse, que as manobras de desobstrução ou desengasgo devem ser cada vez mais difundidas em todos os meios, para evitarmos tragédias como a perda da vida de bebês. O adulto presente no local deve saber como fazer a técnica correta e ao fazê-lo de forma precoce, evita que a obstrução evolua para um evento mais grave, como a PCR e eventual óbito”, comentou.

Além dessas duas habilidades fundamentais em abordagens iniciais à vítimas de parada cardíaca,  o treinamento irá demonstrar como se utiliza o desfibrilador externo automático (DEA), dispositivo essencial na reversão da PCR, enquanto o socorro avançado está a caminho.

Rodrigo Tonella comenta também, sobre a importância deste treinamento “ressuscitação cardiorrespiratória precoce” para futuros profissionais da área da saúde oriundos dos cursos da Unidade (Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional). 

“A importância é enorme. Sabemos que o indivíduo ao sofrer uma parada cardiorrespiratória, caso seja atendido imediatamente, apresenta 70% de chance de sobreviver. Ao final de 10 minutos, sem assistência nenhuma à vítima de PCR, as chances são mínimas de sobrevivência. Quando o profissional é treinado e oferece imediatamente o atendimento, as chances de retorno à circulação espontânea e a reversão da PCR precoce aumentam e determinam um prognóstico favorável à vítima com possibilidade concreta de retorno às atividades sem sequelas neurológicas. Saber utilizar o DEA adequadamente pode resultar na reversão da arritmia cardíaca (ritmo de parada cardíaca) e a vítima ganhar assim mais tempo de sobrevida até o suporte avançado chegar”, argumentou.