Mesmo sem índice olímpico, atletas enaltecem evento e estrutura

MEETING DE ATLETISMO

Mesmo sem índice olímpico, atletas enaltecem evento e estrutura

Competição realizada no Centro de Treinamento Esportivo da UFMG contou com a presença de estrelas do atletismo brasileiro como Fabiana Murer e Marcus Vinícius da Silva, o Duda

 

O tão esperado índice para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro não foi alcançado. Porém os competidores presentes no Meeting de atletismo, neste sábado, do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ficaram muito satisfeitos com a participação no torneio e, principalmente, pela qualidade da estrutura, considerada como uma das melhores do Brasil.

Dentre as principais estrelas, estava presente a saltadora com vara Fabiana Murer, que treinou no local e fez questão de permanecer até o fim para prestigiar o evento e torcer para integrantes da sua equipe, o BM&F São Caetano.

“É a primeira vez que eu venho a Belo Horizonte. Ficou muito legal a pista (de atletismo). Eu já tinha visto algumas fotos, é muito bonita. Eu fiz um treino aqui ontem (sexta-feira), não de salto, mas de corrida, de musculação, e me senti muito bem. É um ótimo lugar para se buscar resultados”, afirma Fabiana

 

Bicampeão mundial do salto em distância, Marcus Vinícius da Silva, o Duda, também marcou presença no meeting. O atleta não conseguiu garantir a vaga para os Jogos, afirma que não gostou de seu desempenho na capital mineira, mas fez questão de elogiar a estrutura que a cidade possui para o atletismo.

“É a primeira vez competindo aqui, e parabenizo os organizadores do evento. A pista é muito boa. O material da pista é o mesmo que a gente compete em Olimpíada e em Mundial. Então, eu gostei muito. O meu desempenho ficou um pouquinho abaixo, vamos ver o que o meu treinador vai falar para corrigir e buscar o índice o mais rápido possível”, declara.

Já com índice garantido, o saltador em altura Talles Frederico Sousa Silva afirma que a competição dá muita visibilidade para Belo Horizonte e pode funcionar como um impulsionador da prática do esporte em Minas Gerais.

“É um evento totalmente diferenciado. Sou mineiro, de Itabira, competi seis anos aqui em BH, não cheguei a competir nessa pista antes. É a primeira vez. É uma pista sensacional, muito boa, a estrutura, a receptividade não precisa nem falar. E no Brasil falta isso. Falta fazer o que o coordenador de atletismo aqui do CTE fez. Vamos realizar o meeting, vamos convidar os atletas e vamos abrir o espaço. Acho que todos estão gostando. Vieram grandes equipes de São Paulo, do Rio de Janeiro e de todos os locais. A gente precisa competir em pistas e lugares diferentes. E a pista aqui oferece essas condições. Adorei competir aqui. É uma visibilidade muito grande para o esporte crescer em Belo Horizonte e em Minas”, analisa.

Com realização da competição, que contou com a participação de competidores do Brasil e do exterior, o supervisor de atletismo da UFMG, Leszek Szmuchrowski, acredita que a capital mineira entra na rota das grandes competições de atletismo brasileiras.

“Para Belo Horizonte é muito importante ter uma competição de atletismo de verdade. Não tem eventos desse tipo no Brasil. É uma raridade. Atletas e treinadores estão elogiando essa competição que ocorreu aqui. Esse centro de treinamento mostrou que o investimento aqui no CTE feito pelo Ministério do Esporte, pela Secretaria do Estado, e por todos que apoiaram, valeu a pena”, disse.

“De acordo com opinião dos esportistas presentes aqui, não existe outro lugar que tem as mesmas condições que temos aqui. E não são somente condições físicas, mas também clima, ambiente, localização, até o tempo contribuiu hoje. Belo Horizonte é conhecido pela Igrejinha da Pampulha. Esperamos que também fique conhecida pelo CTE da UFMG”, conclui.