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Cientistas da UFMG descobrem mecanismo da 'febre emocional'

24/09/2018

Durante um episódio de forte estresse prolongado, é comum que a pessoa sinta um aumento da temperatura corporal, que pode ser acompanhada de transpiração e rubor na pele. Foi o que aconteceu com a profissional de relações públicas Joana Martins, 30, durante a lua de mel. “Eu estava nervosa por causa do casamento e tive febre por três dias seguidos. Minha temperatura ficava entre 39oC e 40oC. Eu suava muito, sentia dor no corpo, e a única coisa que aliviava era compressa com pano molhado na testa, na nuca e nas costas”, afirma.


Nesses casos, as respostas do organismo podem resultar na chamada “febre psicogênica” – popularmente conhecida como “febre emocional” –, que não é reduzida com o uso de anti-inflamatórios nem de antitérmicos. Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), no entanto, pode ajudar a desenvolver remédios para tratar o distúrbio. Os pesquisadores do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) descobriram os mecanismos que o cérebro utiliza para controlar a temperatura do corpo em situações de estresse.


“Identificamos que os neurônios do tipo Vglut2, localizados na área dorsal do hipotálamo, são os responsáveis pelo controle da temperatura corporal e participam da eclosão da febre em resposta ao estresse”, explica a pesquisadora Natália Machado, principal autora do estudo e pós-doutoranda em neurociências na Universidade de Harvard.