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Mesmo com aviso de punição do STJD, torcidas insistem com cantos homofóbicos

04/10/2019

A primeira sinalização oficial de combate à homofobia no futebol brasileiro tem pouco mais de um mês em circulação. Foi apenas em 19 de agosto deste ano que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) emitiu uma recomendação para que clubes e federações atuem de forma preventiva com campanhas educativas e que os árbitros relatem qualquer tipo de manifestação preconceituosa nos documentos oficiais da partida. Mas, na prática, pouco mudou.

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“O futebol é um esporte inventado por homens e para homens. E, assim, ele acaba representando aquilo que temos na própria sociedade: homofobia e machismo. O futebol, na medida em que, é inventado pelas classes dominantes, acaba trazendo e representando os valores dessa classe, tornando-se assim um esporte em que a homofobia é presente”, analisa Silvio Ricardo da Silva, professor de Educação Física da UFMG e coordenador do Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (GEFuT).

Para Silva, a coerção ao comportamento homofóbico por parte do tribunal é importante no processo educativo dos torcedores. “Na medida em que um clube for punido, seja com perda de pontos, de campo ou até mesmo ter que jogar com o estádio vazio, os próprios torcedores vão inibir que outros cometam esses atos. A sociedade é muito dúbia em relação a isso, mas, hoje, já existe menos tolerância com as piadinhas e atitudes homofóbicas que existiam tempos atrás”, avalia.

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