Ao lado de referências no esporte, nova geração de ginastas é formada na UFMG

15/07/2022

Projeto social não tem fins lucrativos, e está de portas abertas para quem quiser ingressar na ginástica aeróbica esportiva; veja como

Lucas Barbosa (28) e Rebeca Silva (23) são atletas de ginástica aeróbica da seleção brasileira e deram os primeiros saltos na modalidade no projeto social da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG. Em junho, a dupla foi vice-campeã no Mundial de Ginástica Aeróbica, disputado em Guimarães, em Portugal, e, no dia 12 de julho, campeã do World Games, nos Estados Unidos.

Uma delas é Milena Ribeiro, de 16 anos. Mesmo com a pouca idade, também já compete nacional e internacionalmente. “Treinar com eles é uma inspiração. Ver todos os dias algo que é tão dedicado e conseguimos ver o esforço de cada um. É uma inspiração para todo mundo. A gente, toda vez que vê, se arrepia”, contou Ribeiro.

Leonardo Freitas tem só 15 anos, mas a altura e força já impressionam. Quando questionado sobre a proximidade dos medalhistas mundiais, Leozinho, como é chamado, afirma que almeja estar, um dia, na mesma posição.

“A vontade deles de conseguir a medalha, a forma que eles treinam e como eles convivem entre si é muito legal de ver. Eles voltaram de um campeonato e conseguiram o segundo lugar, também é algo que a gente queria para a gente.

Como começar na ginástica aeróbica em Minas Gerais

Atualmente, o projeto da UFMG é o único projeto de iniciação na ginástica aeróbica em Minas Gerais. Segundo a Kaya Mourthé, presidente da Federação Mineira de Ginástica, havia um semelhante na Universidade Federal de Lavras, mas foi paralisado neste ano.

Na parte de iniciação, não há seletivas. Os interessados e futuros atletas precisam somente ir até a UFMG, no prédio da EEFFTO, às 14h30 nas terças e quintas, ou entrar em contato por telefone, no  (31) 3409-2339.

“A Universidade está aberta. É um projeto social, para a comunidade interna e externa. Aqui, as pessoas vão começar mas já estarão ao lado desses meninos que começaram aqui também, e olha onde chegaram. É um esporte maravilhoso, com músicas emocionantes e que conta histórias. Quem entrar, tenho certeza que não vai querer sair”, contou Lemos

E ele muda vidas, como mudou a de Rebeca e de Lucas. “A Rebeca de hoje é literalmente devido a esse projeto. Eu não vejo ela sendo uma pessoa diferente. A ginástica construiu quem eu sou hoje e este é um projeto muito importante. Eu sou muito grata a ele”, comentou Rebeca.

“O projeto realmente transformou a minha vida. Eu sempre fui atleta, mas profissional mesmo eu só fui sentir o que era estando aqui dentro. Eu conheci lugares, culturas, aprendi a falar idiomas, tudo por meio da ginástica. A ginástica moldou meu caráter e me fez ser quem eu sou hoje. Eu tenho muita gratidão por esse lugar”, declarou Lucas.

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