O processo terapêutico ocupacional envolve etapas como avaliação, intervenção e monitoramento dos resultados. Esse processo geralmente começa com a triagem e com a avaliação, para identificar as necessidades do cliente, saber se de fato há questões no desempenho ocupacional e identificar possíveis metas de intervenção. Ou seja, inicialmente procuramos saber se há alguma atividade ou ocupação que está sendo de difícil realização no dia a dia. Depois, com a avaliação, vamos descobrir o motivo desta dificuldade, ou as barreiras, as quais podem ser variadas. Será então avaliada a maneira como essa atividade/ocupação é realizada pelo cliente, considerando aspectos desde alterações na estrutura ou na função do corpo, como dificuldade motora ou cognitiva, até barreiras sociais a ambientais, como a ausência de rampas, ou mesmo de leis e atitudes em casa, na escola e no trabalho, que dificultam a participação de pessoas com deficiência. 

O estabelecimento de metas ou objetivos da intervenção é uma das fases mais importantes, pois é a partir delas que se constrói o plano de tratamento. As metas são definidas a partir da análise, junto com o cliente, de suas necessidades e dos resultados da avaliação, num processo cooperativo, fundamentado nas melhores evidências disponíveis. As intervenções podem ocorrer de forma individual ou em grupo e são direcionadas tanto ao cliente quanto a seus familiares e serviços, como escolas, por exemplo. A definição das metas e do plano de intervenção é sempre um processo colaborativo, envolvendo diálogo contínuo entre o terapeuta, o cliente e sua família.