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Festival promoveu interação entre gêmeos na EEFFTO

18/04/2016 | 16:17

No último sábado, 16 de abril, o Registro Brasileiro de Gêmeos (RBG) realizou o I Festival de Gêmeos no Auditório Central da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG. O evento focalizou a disseminação de informações sobre o registro, além de promover a interação de gêmeos já cadastrados.

O RBG, primeiro registro da América Latina, é um projeto de pesquisa desenvolvido por pesquisadores da UFMG que realizam estudos na área da saúde com o auxílio e participação voluntária de gêmeos. Sua criação foi inspirada numa experiência de pesquisadores brasileiros e australianos que avaliavam os fatores de risco tanto genéticos quanto ambientais no desenvolvimento da dor lombar, tendo a participação de gêmeos do Registro Australiano de Gêmeos (Australian Twin Registry), que contém cerca de 30.000 pares de gêmeos.

No festival, um dos coordenadores do projeto, Dr. Vinícius Cunha Oliveira, falou sobre o papel do registro para os estudos na saúde. “O RBG é um embrião nos registros de gêmeos. A partir dele será possível realizar pesquisas capazes de investigar influências genéticas e ambientais sobre a saúde, melhorando a compreensão e tratamento de doenças. É um cadastro voluntário de gêmeos, e a nossa intenção é fazer um registro nacional com dados demográficos, além de dados sobre estilo de vida e condições de saúde, entre outros” .

Dr. Vinícius Oliveira, pós-doutorando em Ciências da Reabilitação na UFMG e um dos coordenadores do RBG

Um dos principais objetivos do RBG é reunir dados de gêmeos e torná-los acessíveis a diversos pesquisadores, o que é explicado pela professora do Departamento de Fisioterapia da EEFFTO e uma das organizadoras  do projeto, Dra. Ligia de Loiola Cisneros. “Se um pesquisador de outra instituição, de outro departamento da Universidade, ou até mesmo de outro país tiver interesse em estudar esta população, tendo um novo projeto com a sua devida aprovação ética, pode fazer um convite aos cadastrados para participarem e eles analisarão as propostas das pesquisas, optando por participar ou não”.

Prof. Dra. Ligia de Loiola Cisneros ao lado de Dr. Vinícius Cunha Oliveira 

O I Festival de Gêmeos possibilitou, ainda, que gêmeos do RBG compartilhassem suas experiências. Na companhia de sua irmã Roselene Machado, Roseli Machado contou o motivo que as levaram a se juntarem ao RBG e se disponibilizarem às pesquisas. “Acho que o projeto de pesquisa vai nos ajudar bastante porque têm muitas coisas que acontecem, muitas perguntas sem respostas ainda. Às vezes, uma de nós tem uma determinada doença agora, e, se futuramente a outra vai ter ou não, pode, de repente, ser descoberto, porque é possível prever com antecedência e realizar tratamentos nesse sentido, adotando-os à nossa vida”.

Roselene Machado e Roseli Machado, 30, são gêmeas cadastradas no RBG

O festival contou, também, com a participação da professora da EEFFTO e coordenadora do projeto,  Dra. Luci Fuscaldi Teixeira-Salmela, que reforçou a importância do RBG para pesquisas que contemplam toda a população, além do Dr. Paulo Henrique Ferreira (University of Sydney). Ele falou sobre a sua experiência na Austrália, bem como casos de doenças estudadas em gêmeos, propondo, também, um bate-papo entre os gêmeos presentes na EEFFTO. O festival foi o primeiro encontro oficial de gêmeos no país.