Diálogos entre Dança e Educação pautaram o segundo dia do 12º Seminário Nacional “Concepções Contemporâneas em Dança” | EEFFTO - UFMG  


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Diálogos entre Dança e Educação pautaram o segundo dia do 12º Seminário Nacional “Concepções Contemporâneas em Dança”

22/06/2016 | 18:30

Está acontecendo, na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), o 12º Seminário Nacional “Concepções Contemporâneas em Dança”, organizado pelo Programa Dança Experimental (PRODAEx), e que vai até dia 24 de junho.

Veja a galeria de fotos do evento

Nesta quarta (22), foram apresentados 10 pôsteres com temas variados, cinco mostras de dança, além de uma mesa composta por Marlaina Roriz, do Centro Pedagógico da UFMG, Joana Wanner, da CEFAR/FPA, e Alba Vieira, da Universidade de Viçosa (UFV), com abordagens sobre o ensino da dança na escola, na Educação Física, na Universidade e nos cursos livres.

 

Marlaina Roriz , Joana Wanner e Alba Vieira compuseram o primeiro fórum do dia
Projeto Corpo Cidadão, de Belo Horizonte, com o espetáculo Contratempo, foi um dos grupos que se apresentaram na área de circulação da EEFFTO, no começo da tarde
Pesquisas e projetos estão sendo apresentados durante o Seminário; os pôsteres revelam os olhares sobre diversas manifestações da Dança em todo o país

 

Nos trabalhos da tarde, Maria Emília da Cruz, da Companhia Municipal de Dança de Porto Alegre, Maíra Vieira Rodrigues, da UFMG, e Carla Gontijo, do Estúdio ID Investiga Dança, abordaram as formas de diálogo entre Educação e Dança.

Em uma conversa descontraída, Maíra Vieira, Maria Emília e Carla Gontijo (da esquerda para a direita), abordaram a interação entre Educação e Dança 

 

Maria Emília, graduada em Dança pela UFMG, e Estudos Gerais pela Universidade de Lisboa, apresentou seu Trabalho de Conclusão de Curso da graduação de Dança, defendido no fim do ano passado, denominado “Percepções: processos de criação em dança a partir de experiências táteis”. O trabalho abordou o toque e as descobertas do corpo através dele na dança, possibilitando situações de sensibilização e criação.

Ela apresentou, também, a aplicação prática de um plano de aula desenvolvido a partir do trabalho, que foi desempenhada com alunos do 3º e do 4º ano, na faixa etária de 9-10 anos. Nas atividades, os alunos participaram de oficinas que envolviam exercícios de toques, criando “células de movimentos”. No fim, Maria percebeu como alguns planos de aula, elaborados de antemão, tomam contornos diferentes na prática, não seguindo exatamente o planejado, o que não torna a atividade menos proveitosa.

Seguindo a conversa, Maíra Vieira, graduanda em Dança na UFMG, que está perto de encerrar sua graduação, apresentou, também no fim do ano passado, seu Trabalho de Conclusão de Curso, sobre uma atividade italiana chamada Segni Mossi (Desenho Movimentado, em português), e que ela, auxiliando uma professora do curso, implantou na Escola Casa Viva, com crianças de 2 a 6 anos.

As atividades consistiam em um papel ou tecido no chão, onde as crianças desenhavam, com um giz, as músicas que iam ouvindo, bem como deixavam suas impressões sobre os movimentos de outros colegas. Essa materialização dos movimentos possibilitavam uma constante ressignificação da própria prática por parte das crianças.

Finalizando os trabalhos do grupo, Carla Gontijo, professora e fundadora do Estúdio ID Investiga Dança, de Ouro Preto, apresentou a técnica Klauss Vianna, composta por processos como o lúdico e dos vetores. No processo dos vetores, a professora citou oito vetores da técnica Klauss Vianna, que buscam a harmonização do corpo, equilibrando cargas muitas vezes acumuladas.

No processo lúdico, foca-se a desconstrução de padrões clássicos na composição de coreografias, o que, segundo Carla, é difícil para muitos profissionais formados em dança, por conta de aprendizados de modelos coreográficos rígidos, com resistências às mudanças. Para ela, o dançarino tem que “acordar preparado para o novo”.

Estendendo a linha do processo lúdico, a professora ainda questionou o objetivo de muitos festivais de dança em consagrar vencedores, criando uma hierarquização entre as artes, e por respaldar modelos coreográficos, que muitos grupos acabando seguindo. Para Carla, os bailarinos tem que se formar com pensamentos singulares e autônomos, fugindo da lógica de coreografias gerais. Reforçou, também, a importância da conexão entre dança e Educação Física.

Em uma oficina ministrada por Alex Oliveira, da Escola de Belas Artes, da UFMG, os participantes pausaram as conversas sobre a Dança e optaram por um outro tipo de linguagem e interação: a linguagem corporal. Fechando a programação do segundo dia do Seminário, Nora Vaz de Mello, do CEFET/MG, Renata Carmo Crisóstomo e Siane Paula de Araújo, ambas da UFMG, com mediação de Olga Valeska, do CEFET/MG, abordaram o tema "Dança: Corpo, Voz e Movimento".

 

Oficina de dança movimentou o fim da tarde na EEFFTO

 

Quando as temperaturas iam caindo, participantes se aqueceram com muita energia e animação, na oficina