Professor da EEFFTO é convocado para integrar comissão técnica da seleção olímpica de futebol | EEFFTO - UFMG  


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Professor da EEFFTO é convocado para integrar comissão técnica da seleção olímpica de futebol

04/08/2016 | 14:55

Desenvolver um trabalho de excelência em um grupo de jogadores de futebol é uma tarefa com muitos desafios. Por trás desses encargos, estão especialistas aptos a desenvolver sistemas de treinamento e de controle de equipe. São treinadores, preparadores físicos, fisiologistas, médicos e outros diferentes tipos de profissionais. 

Um dos membros da comissão olímpica responsável pela preparação e avaliação da seleção brasileira masculina de futebol é o professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), da UFMG, Eduardo Pimenta. Ele foi convocado para assumir o cargo de fisiologista durante os Jogos Olímpicos do Rio 2016. 

Essa é a terceira vez que Eduardo atende a seleção brasileira. Ele já atuou na equipe da seleção Sub-17, em 2011, e com o time da Sub- 20 no ano passado.  O professor considera que o vínculo de confiança estabelecido entre a comissão técinica é um ponto positivo importante nesse momento. 

Para os profissionais que trabalham com o futebol, fatores como o tempo e a unidade do grupo são fundamentais para uma boa preparação. Poder iniciar uma pré-temporada com uma equipe, estabelecendo um planejamento de trabalho que se estenderá por todo o período de competições, dá mais respaldo às tarefas desenvolvidas. Além disso, acompanhar  cotidianamente a equipe, podendo analisar as evoluções individuais e coletivas, facilita o estabelecimento e cumprimento das metas propostas. Já na Seleção Brasileira, tempo e unidade do grupo são desafios a ser superados.

Eduardo Pimenta (à esquerda) na chegada da seleção brasileira à Brasília, para a estreia nos Jogos Olímpicos; ao lado, Rafael Alcântara, do Barcelona (Foto: Assessoria CBF)

 

A Seleção se apresentou em meados de julho  e entrou em concentração na Granja Comary, no Rio de Janeiro. De lá até a estreia na Olimpíada, a comissão técnica teve o desafio de vencer o curto tempo de trabalho, com atletas que jogam em clubes variados e estão em ritmos diferentes de treino. 

“Os atletas que disputavam o Campeonato Brasileiro estavam sob uma carga de alta densidade de jogos. Já os que jogavam por campeonatos europeus, estavam iniciando o processo de condicionamento físico’’, explica o professor da EEFFTO. 

 

Neymar (Barcelona-ESP) e Walace (Grêmio-BRA) jogam pela seleção brasileira; enquanto Neymar estava na pré-temporada do clube espanhol, Walace saiu do campeonato brasileiro em andamento (Fotos: Assessoria CBF)

 

“Para os dois grupos, num primeiro momento foi preciso uma redução de carga, volume e intensidade. Isso foi feito durante três ou quatro dias. Depois, em função da necessidade do treinador encaixar conteúdos táticos, esses treinamentos foram mais próximos da realidade de jogo”, analisou Eduardo.

Depois de duas semanas antes da estreia no Brasil nos Jogos Olímpicos, foram feitos ajustes e um equilíbrio de cargas com os atletas. Segundo Eduardo, foram realizados treinamentos monitorados por tecnologia com GPS, acelerômetros e frequência cardíaca. As respostas foram muito satisfatórias os desafios propostos têm gerado bons resultados.

 

Após duas semanas de concentração na Granja Comary, uma das tarefas da comissão foi tentar equalizar as cargas de treinamento aplicadas aos atletas (Assessoria CBF)

 

No Cruzeiro desde 1997, Eduardo Pimenta é fisiologista e presta consultoria no clube mineiro, tendo passado pelo Ipatinga e o Barueri. Na EEFFTO, ele é professor das disciplinas de Futsal, Futebol, Fisiologia aplicada ao Futebol e Genética aplicada ao Esporte.