No embalo da Paralimpíada, V Congresso Paradesportivo Internacional inicia seus trabalhos em Belo Horizonte | EEFFTO - UFMG  


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No embalo da Paralimpíada, V Congresso Paradesportivo Internacional inicia seus trabalhos em Belo Horizonte

28/10/2016 | 13:22

O universo do paradesporto é um terreno fértil para a difusão de pesquisas, discussões e reflexões. Nos últimos meses, com a realização dos Jogos Paralímpicos em solo brasileiro, o cenário tomou contornos ainda mais propensos a diálogos e trocas de saberes, que buscam, em sua essência, oferecer conhecimentos que colaborem com a prática esportiva de atletas portadores de alguma deficiência. 

Confira algumas imagens do primeiro dia do Congresso

Nesse sentido, está sendo realizado o V Congresso Paradesportivo Internacional, no Minascentro, em Belo Horizonte. A quinta edição do evento surgiu de uma parceria entre o Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e a UFMG, tendo ainda a contribuição da Academia Paralímpica e de outras instituições de ensino superior federais, estaduais e particulares.

O evento deste ano tem como palco o Minascentro, em Belo Horizonte; já foram sedes as cidades de Florianópolis-SC, Natal-RN, Uberlândia-MG e Campinas-SP (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)


O Congresso teve início nessa quinta-feira, 27 de outubro, e já contou com uma programação extensa, que durou todo o dia. Na cerimônia oficial de abertura, o presidente do CPB Andrew Parsons reforçou a importância do apoio da UFMG e citou a campanha do Brasil na Paralimpíada, com a conquista de 72 medalhas. Ele ainda pontuou que devido à competição mundial, as pessoas estão motivadas a discutirem o paradesporto, e o evento alimenta esse tipo de oportunidade.

“Esse Congresso é muito importante no nosso processo de capacitação e desenvolvimento de pessoas, principalmente nessa área técnico-científica. É onde a gente consegue trazer o que está sendo realizado de vanguarda nessa área no Brasil e no mundo”, comentou Andrew.

Da esquerda para a direita, a mesa de abertura foi composta por Marco Tulio de Mello (EEFFTO/UFMG); Sérgio Teixeira (EEFFTO/UFMG); Ivaldo Brandão (CPB); Benigna Maria de Oliveira (Pró-Reitoria de Extensão/UFMG); Andrew Parsons (CPB); representantes da Secretaria de Estado de Esportes de Minas Gerais e da Prefeitura de Belo Horizonte, respectivamente; Claudio Boschi (CREF6 MG) e Edilson da Rocha (CPB)


Presidente do Congresso, o professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), da UFMG, Marco Tulio de Mello, valorizou o potencial do Congresso de dar importância à ciência esportiva, ressaltando que o Brasil é o quinto país com mais publicações acadêmicas na área. O professor também não deixou de falar dos campos que o Congresso pode viabilizar para os alunos participantes, além do papel dos próprios professores em incluírem domínios do paradesporto em suas aulas.

“Talvez nosso grande desafio seja sensibilizar com esse Congresso os professores da EEFFTO, de que inserir um pouco de conteúdo do esporte paralímpico dentro da sua disciplina pode nos ajudar muito a fomentar todo esse conhecimento que está sendo repassado no evento. Aproximar nosso aluno do esporte paralímpico é fundamental, porque é mais um campo que ele pode vir a atuar", apontou Marco.

Os professores da EEFFTO Andressa Mello e Marco Tulio fazem parte da organização do evento


O diretor e professor da EEFFTO, Sérgio Teixeira, também analisou a parceria da UFMG com o CPB, citando os professores organizadores. "É um reconhecimento ao trabalho dos professores Andressa Mello e Marco Tulio, que conseguiram trazer para a UFMG a honra de sediar de alguma forma, e contribuir para a realização do evento. Todo esse crescimento que o esporte tem tido, basicamente com a Olimpíada e com a Paralimpíada no Brasil, refletiu no crescimento do próprio evento, e com isso o destaque que traz para a UFMG", comentou o diretor da EEFFTO.

A pró-reitora de extensão da UFMG, Benigna Maria de Oliveira, que também compôs a mesa, afirmou ser motivo de orgulho para a UFMG receber um evento de tal porte, exaltando o número de participantes no Congresso – cerca de 1300 pessoas. O presidente do Conselho Regional de Educação Física de Minas Gerais (CREF6 MG) Claudio Boschi comentou o resultado do país nos Jogos Paralímpicos, analisando o papel da CPB na performance brasileira.

Conferência

Na primeira conferência do Congresso, intitulada “O Esporte Paralímpico no Brasil: 2008-2016“, Andrew Parsons relembrou algumas ações do CPB que compuseram o planejamento da Paralimpíada. Ele comentou os desafios e metas estabelecidos, bem como aspetos estruturais e administrativos pré-competição.

Andrew Parsons (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)


Alguns pontos foram abordados de forma mais clara, como as paralimpíadas escolares e a campanha do Brasil na Paralimpíada, que, segundo Andrew, mesmo tendo terminado em oitavo lugar e não em quinto, como era a meta do CPB, o país teve uma campanha de TOP 10.

Andrew citou ainda alguns nomes de brasileiros de destaque dos Jogos Paralímpicos, como nadador Daniel Dias e o corredor Petrúcio Ferreira. Ele pontuou questões de mudança de percepção e maior reconhecimento ao movimento paradesportivo depois do grande evento mundial.

Minicursos

O V Congresso Paradesportivo Brasileiro foi aberto oficialmente à noite, mas antes disso, alguns minicursos já viabilizavam discussões pelos auditórios do Minascentro. Ao todo, foram seis temáticas diversas, como pertencentes aos campos da fisioterapia e da nutrição. 

Felipe Aidar, Andressa Mello e Claudia Juswiak foram alguns dos professores que estiveram à frente de minicursos no primeiro dia do evento (Fotos: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)


Compondo a programação, a professora da EEFFTO e uma das organizadoras do evento, Andressa Mello, ao lado do professor Rodrigo Dispato, do CPB, apresentaram “Atuação da Fisioterapia no Esporte Paralímpico”; Lucas Adriano, do Núcleo de Alto Rendimento Esportivo de São Paulo (NAR-SP), abordou “Testes Físicos Aplicados aos Atletas Paralímpicos”, e o professor Felipe Aidar, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), tratou de “Bases Neuromecânicas do Treinamento de Força”.

Além dos três, o coordenador da seleção brasileira de judô paralímpico, Jaime Rodrigues Bragança, apresentou a referida modalidade; o professor Luís Gustavo Pena, da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), falou do “Controle da Carga de Treinamento em Modalidades de Cadeira de Rodas”, e para fechar, Claudia Juswiak, professora da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), abordou a “Nutrição Esportiva”.

O primeiro dia do Congresso contou ainda com uma apresentação do Grupo Sarandeiros, equipe de dançarinos da EEFFTO voltada para as manifestações populares brasileiras. O evento segue até domingo, 30, de acordo com esta programação.

O Grupo Sarandeiros da EEFFTO (Foto: Marcio Rodrigues/MPIX/CPB)