Com exposição de pesquisa voltada à criança, NAPq promove mais um encontro | EEFFTO - UFMG  


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Com exposição de pesquisa voltada à criança, NAPq promove mais um encontro

01/11/2016 | 12:09

Dando sequência a uma série de encontros mensais que buscam fomentar a prática por meio da pesquisa, o Núcleo de Assessoramento à Pesquisa (NAPq) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), da UFMG, promoveu a apresentação de mais um estudo. Depois do encontro na área da Fisioterapia, em setembro, agora foi vez do trabalho no campo da Terapia Ocupacional, que aconteceu na última quinta-feira, 27 de outubro.

Clarice Ribeiro Soares Araújo foi quem conduziu o segundo encontro do NAPq, com a apresentação de sua pesquisa de doutorado, que é orientada pela professora Lívia Magalhães. A doutoranda é formada em Terapia Ocupacional pela EEFFTO, construiu toda a sua formação acadêmica na UFMG e atualmente é professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).

"Nossa pesquisa é sobre uma abordagem que foi criada para tratar de cianças com problemas de coordenação motora, que chamamos de Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC). Essas crianças frequentemente têm problemas para desempenhar tarefas importantes do cotidiano delas", disse a pesquisadora.

Clarice Ribeiro

 

A abordagem que Clarice citou, intitulada Cognitive Orientation to Daily Occupational Performance (CO-OP), extrapola a natureza teórica de uma pesquisa e assume um caráter intervencionista. Ela funciona num sistema de cooperação entre o terapeuta, a criança e a família, onde o profissional questiona a criança sobre as atividades que ela tem dificuldade em desempenhar. Em seguida, faz com que a própria criança pense no que pode fazer para conseguir.

Esse processo é todo guiado e pautado no estímulo, em que não é preciso nada além do que pode ser obtido no próprio universo da criança. "Nessa abordagem, não são necessários equipamentos sofisticados. Você pode utilizá-la em todo tipo de campo, tanto em consultório, escola, quanto na própria casa, onde precisa apenas de algumas coisas que a criança já tem, como um papel, uma bicicleta ou bola", disse Clarice.

Ela apresentou alguns resultados da sua pesquisa de mestrado, como o de um garoto que não conseguia pular corda. Em conjunto com a família, que acompanhava as sessões, Clarice foi estimulando a criança a pensar o que ele poderia fazer para aprimorar e desempenhar melhor a sua atividade. Com vídeos, ela expôs excelente evolução do garoto, depois de um tempo.

Crianças com TDC não têm déficit neurológico ou alguma diferença em relação às outras, mas são estabanadas, e isso tem várias implicação em seu dia a dia. Elas podem vir a ter um menor número de amigos, por não conseguirem jogar bola direito ou andar de bicicleta, por exemplo.

O próximo encontro do NAPq acontece no dia 24 de novembro, de 17h30 às 19h10, na EEFFTO, com o professor Mauro Heleno Chagas. Ele é do Departamento de Esportes, e vai apresentar a pesquisa “Impacto da manipulação da duração da repetição nas respostas eletromiográficas e desempenho de força”.