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LAPES recebe professor venezuelano para realizar pesquisas com atletas

31/03/2014 | 14:00

 

O Professor Harvey Alberto Ayala Acuña chegou ao Brasil no começo deste ano para realizar um estágio no LAPES, o Laboratório de Psicologia do Esporte da EEFFTO. Ele acompanhará as equipes de Taekwondô e de Judô da Escola visando levar os conhecimentos para a Venezuela, que pretende melhorar as equipes de lutas para as Olimpíadas de 2016. Harvey também pretende fazer um trabalho de observação da personalidade e conduta dos atletas dos clubes de futebol: Atlético, Cruzeiro e América. “Irei comparar grupos etários e buscar entender como as diferenças culturais também influenciam na prática esportiva”, explica ele. No LAPES, o professor revisa teses e dissertações para comparar os resultados obtidos e avaliar o que pode ser utilizado em seu trabalho na Venezuela.

A ideia inicial de vir para o Brasil surgiu devido à proximidade da Copa e das Olimpíadas e foi sugerida por Glória Balague, presidente da divisão de psicologia do esporte da Associação Internacional de Psicologia Aplicada. Glória indicou o contato de Regina Brandão, professora da Universidade São Judas Tadeu (USJT), em São Paulo, onde inicialmente Harvey faria seu estágio. Porém, além de São Paulo ser uma cidade cara, a universidade é particular e ele não teria 100% de bolsa. Então, Regina entrou em contato com o professor Varley Teoldo da Costa, da EEFFTO, para analisar a possibilidade dele vir para a UFMG. O LAPES solicitou o currículo e as experiências de Harvey e sua vinda para o Brasil foi aprovada. “Acho que a indicação por parte da Professora Regina Brandão foi importante. O fato de ter ficado muito tempo nos EUA e em uma universidade importante como a Universidade de Illnois também contou muito para que eu conseguisse isso.”, considera Harvey.

O professor é graduado em Educação Física pela Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL), em Caracas, e graduado em psicologia pela Universidade Central da Venezuela (UCV). Em 2000 ele decidiu se especializar fora do país e foi para os Estados Unidos, onde fez mestrado em psicologia do esporte. “Meu país não é bom em psicologia esportiva e por isso preferi me especializar no exterior. Aliás, acho que isso deveria ser incentivado, pois são poucos venezuelanos que saem do país para pesquisar e trabalhar”, comenta Harvey.

O venezuelano deu aula em diversas universidades, como na Universidade Central da Venezuela, na Universidade José María Vargas e no Instituto Universitário Antônio José de Sucre. Nos EUA trabalhou com diversas equipes esportivas e em seu país trabalhou com a seleção venezuelana de futebol profissional. Há 16 anos ele é funcionário do Ministério da Educação da Venezuela e atualmente está trabalhando na Unidade de Talentos Esportivos de Caracas. Lá ele detecta potenciais talentos esportivos e também é assessor de 31 equipes esportivas de variadas modalidades.

Em 2004, o venezuelano foi o primeiro latino americano a apresentar uma palestra de psiquiatria esportiva no Congresso Mundial de Psiquiatria, que ocorreu nos Estados Unidos, na renomada Northwestern University. Aqui no Brasil, ele também irá a congressos, dentre eles o “XV Congresso de Ciência do Desporto e Educação Física dos Países de Língua Portuguesa”, que acontecerá em Recife entre os dias 13 e 16 de abril.

O venezuelano considera Belo Horizonte uma cidade amável e tranquila e agradece o apoio dos estudantes, dos professores e ao LAPES como um todo.