EEFFTO recebe seminário sobre Projetos e Potências Esportivas Escolares

16/04/2018 | 14:00

Por Luiza Martins

A Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG recebeu entre os dias 10, 11 e 12 de abril, evento sobre “Potências Esportivas Escolares”, organizado pelo grupo de pesquisas do Centro de Estudos de Cognição e Ação (CECA) da EEFFTO em parceria com a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE-MG). O evento contou com participação de professores de educação física de 96 escolas da rede estadual que obtiveram destaque nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG) de 2017.

Um dos objetivos do seminário é o desenvolvimento dos processos de aprendizagem dos alunos nas diversas modalidades esportivas, com o propósito de incentivar a participação das escolas em torneios competitivos e estimular melhorias nas categorias de ensino esportivo.

Durante a cerimónia de abertura do evento, a mesa foi formada pelos docentes Pablo Juan Greco e Juan Carlos Péres Morales, ambos do Departamento de Esportes da EEFFTO, a Sub-secretaria de Desenvolvimento da SEE, Augusta Aparecida Neves de Mendonça, o chefe de gabinete da SEE, Hércules Macedo e o vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF/MG) Adailton Magalhães.

Os membros da mesa realizaram durante a atividade depoimentos sobre a importância das ações desenvolvidas no projeto. O docente Pablo Juan Greco destacou a satisfação em poder organizar a cerimônia na Unidade.

"Espero que os professores convidados tenham dias muito produtivos durante o evento. Através desse curso de capacitação teremos um bom momento para que haja uma troca de experiências para que no final todos possam sair felizes com o conhecimento adquirido" afirmou.

A subsecretária Augusta Mendonça, falou sobre o nascimento do programa, que surgiu por meio do desejo de fazer com que o trabalho esportivo na rede de ensino fosse aprimorado.

“Muitos professores de educação física têm disposição para esse trabalho e até já faziam um movimento em favor dos estudantes com os jogos escolares do Estado, então a ideia foi resgatar essas pessoas que faziam esse trabalho até voluntariamente para que buscassem explorar essas potencialidades dos estudantes” comentou.

O vice-presidente do CREF, Adailton Magalhães, reforçou que o projeto com a EEFFTO tenha continuidade nos próximos anos.

"Eu fui aluno da UFMG e fico feliz em retornar à Universidade nessas circunstâncias. Espero que esse tipo de parceria entre a Escola e os profissionais de educação física seja cada vez mais constante e retorne com bons frutos para nossos estudantes” disse. 

Em 2017, o JEMG alcançou recorde de municípios inscritos e os alunos das escolas estaduais progrediram na competição. De acordo com Hércules Macedo, apesar do esforço, as crianças da rede pública dificilmente têm chance diante dos grandes clubes.

"O Potências é a realização de um sonho, o projeto tem tudo para que essas crianças se desenvolvam e possam disputar grandes campeonatos” afirmou.

Durante a realização do evento, os participantes contaram com atividades teóricas como a realização de aulas e mesa redonda sobre a Iniciação Universal do Esporte, nos dias 10 e 11. Já no último dia de simpósio ocorreram atividades práticas de vôlei, futebol, judô e dinâmicas envolvendo todos os professores presentes.

Samara Lopes, professora de Educação Física da Escola Estadual Nossa Senhora da Lapa, na cidade Virgem da Lapa, no Vale do Jequitinhonha, desenvolve um projeto de handebol feminino na quadra poliesportiva de sua cidade e foi selecionada para participar do evento.

“Inicialmente meu projeto era voluntário e custeado através da ajuda de pessoas e venda de rifas. Com o passar do tempo fomos conquistando títulos e incentivados pela Prefeitura da cidade” contou.

O professor da Escola Estadual João Felipe da Rocha em Nova Lima, Pedro Henrique Dornas, elogiou os docentes da EEFFTO responsáveis pela organização do evento. Ainda segundo ele, o conhecimento adquirido na palestra será fundamental para construir os treinos de seus alunos.

“Tivemos palestras com alguns dos melhores professores da Ciência do Esporte, fizemos os mais atuais estudos sobre metodologia de treinamento para que a gente possa levar isso para nossas escolas e melhorar ainda mais nosso trabalho. Às vezes pensamos que a aprendizagem do esporte está ligada a parte prática, descontextualizado da ciência, aqui pude entender que o desenvolvimento da pedagogia da nossa maneira de ensinar o esporte  está ligado a uma carga científica grande e faz com que nossos alunos evoluam mais” disse.