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Feedback é tema de curso de capacitação para preceptores

21/06/2018 | 13:15

Por Laryssa Campos

A Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) recebeu, no dia 19 de junho, a professora Eliane Gontijo para falar sobre a "Preceptoria de um minuto e outras técnicas de feedback". O evento foi realizado pelo Projeto de Extensão Aprimoramento Didático do Ensino Superior (ADES FIT) no Mini auditório da Unidade.

O contato entre preceptor e estagiário, segundo Eliane, deve seguir determinado passo a passo. Por isso, o objetivo da palestra era instruir aos preceptores quanto ao modo de avaliar os principiantes, aplicando os princípios do feedback corretamente. Foram apresentados os métodos sanduíche, preceptor minuto e técnica SNAPPS. A professora, que também é Coordenadora do Núcleo de Educação da Faculdade de Medicina da UFMG, ponderou a importância desse processo para o profissional em formação.

“O feedback pra mim é o momento no qual o aluno dedica um tempo para pensar no seu próprio desempenho. Por isso, há a relevância da auto avaliação, a pontuação de fragilidades e reforçar os pontos positivos, que é claro, todos nós temos nas nossas performances”, disse.

Eliane frisou que o feedback deve ser fechado com um desafio para o estudante
Foto: Laryssa Campos/ Assessoria EEFFTO

Eliane expôs que a demanda por capacitações, como a que ela ministrou, surgiu há dois anos devido a grande quantidade de aposentadorias de profissionais. Logo, tornou-se de extrema necessidade preparar os novos profissionais que lidarão com os alunos. Além disso, ressaltou a grande adesão dos docentes a esses eventos.

“Começamos com um programa agora que visa ofertar todo mês uma oficina de capacitação com temas específicos. Todos os departamentos são convidados a enviarem os professores. O retorno dos docentes tem sido muito bom, estamos conseguindo introduzir conceitos de metodologias ativas dessa maior interação ensino/aprendizagem e parece que é um caminho interessante para a capacitação do nosso profissional”, comentou.

Para a fisioterapeuta respiratória, Carolina Alvarenga Marques Furtado dos Santos, a consultoria foi essencial para melhorar seu desempenho como preceptora dos alunos que recebe, pois, muitas vezes, não sabia como avaliar adequadamente os trabalhos exercidos pelos novatos.

“É complicado dar um feedback porque nós somos da área assistencial e temos pouco embasamento teórico em relação a preceptoria e a avaliação do aluno. Por isso, temos dúvidas se estamos na direção certa ou não. Com certeza, a capacitação foi interessante porque pontuou alguns pontos que eu tinha dificuldade, como me posicionar diante do aluno. Então, agora eu sei como fazer um feedback corretamente, o que me dará mais segurança na hora avaliar o meu estudante”, falou.

Carolina trabalha há dez anos no Hospital Risoleta Toletino Neves
Foto: Laryssa Campos/ Assessoria EEFFTO

A fisioterapeuta respiratória, Regina Márcia Faria de Moura, que atua no Hospital das Clínicas na área assistencial e preceptoria dos graduandos, considera o feedback importante para a formação profissional e social.

“Para os alunos é fundamental que eles tenham a possibilidade de entender o processo de construção e aquisição de habilidades. Acredito que esses momentos de conversa com eles possibilitam uma formação mais íntegra da qualidade profissional. A minha preocupação, além da formação técnico-cientifica ou técnica-acadêmica, é formar nesse discente uma visão humanizada da assistência à saúde. Além de tudo isso que foi discutido hoje, a avaliação da técnica e da teoria, considero importante o nosso papel de preceptor na formação de um fisioterapeuta que tenha uma visão mais ampla da profissão,” relatou.

Regina acredita que ter trabalhado como professora a ajuda ao instruir seus estagiários
Foto: Laryssa Campos/ Assessoria EEFFTO