Turma do primeiro período de Fisioterapia realiza III Seminário de Fundamentos da Fisioterapia "Modelo Biopsicossocial da Dor" | EEFFTO - UFMG  


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Turma do primeiro período de Fisioterapia realiza III Seminário de Fundamentos da Fisioterapia "Modelo Biopsicossocial da Dor"

04/07/2018 | 13:57

Por Isabela Trindade

Na última segunda-feira, dia 02 de julho, a turma Fisio 80, do primeiro período de Fisioterapia da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, promoveu o III Seminário de Fundamentos da Fisioterapia. O evento foi inteiramente planejado pelos alunos, que definiram como tema “Modelo Biopsicossocial da Dor”, e foi realizado no Auditório Principal da EEFFTO.

O Seminário buscou tratar dos diversos aspectos da dor, tanto no campo da anatomia humana e neuroanatomia, quanto da bioquímica e sociologia. A apresentação foi dividida em partes para que todos os assuntos fossem tratados, sendo que, entre um e outro, houve intervenções artísticas em forma de poemas, representação teatral e apresentação musical, tudo relacionado à temática da dor.

Em uma das itervenções artísticas, os discentes preparam uma apresentação da música Pretty Hurts, da cantora Beyoncé.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

A professora substituta Vanessa Lara de Araújo começou a dar aulas para a turma no meio do semestre e já os encontrou com a ideia do Seminário encaminhada.  Sua contribuição foi em momentos específicos, como no encaminhamento dos alunos para a Assessoria de Imprensa e na resolução de algumas dúvidas pontuais, sendo todo o trabalho mérito dos discentes.

“Eles escolheram o tema sozinhos, além de trabalharem a organização do evento, quem apresentaria em qual momento, a divisão do tempo, etc. Acredito que, além de utilizarem conhecimentos de áreas distintas pra explicar um único fenômeno, no caso a dor, eles adquiriram habilidades que vão além do conteúdo e da técnica, como a capacidade de organizar um evento, ao mesmo tempo em que desenvolveram criatividade e proatividade, habilidades importantes para o futuro profissional”, disse.

Vanessa ficou bastante surpresa com a apresentação e acredita que os alunos realmente conseguiram atingir o objetivo que haviam proposto.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

Inicialmente os alunos discutiram o conceito de dor, abordando a ideia de que esta pode surgir tanto de um estímulo físico quanto psicológico. A percepção deste sentimento pode ser variada, dependendo da pessoa que a sente e do contexto em que está inserida. Além disso, a turma reforçou a ideia de que é fundamental para a sobrevivência dos indivíduos sentir dor, já que ela serve como um alerta de que algo está errado, possibilitando a busca por ajuda e tratamento.

Lucas Oliveira Cândido faz parte da classe e participou da comissão organizadora do evento. Para ele, a troca de professoras no meio do período não atrapalhou a dinâmica do Seminário, mas sim ajudou, pois dessa forma puderam ter duas perspectivas diferentes, além de ajuda extra no planejamento.

Para Lucas, o trabalho em equipe de toda a turma e da comissão organizadora fez toda a diferença na realização do Seminário.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

“Acho que a maior dificuldade que tivemos foi a questão de logística para organizar tudo, pois dependemos da disponibilidade do Auditório. Conseguir uma data foi muito complicado, ainda mais por estarmos no final do período, quando tudo é muito corrido, além de termos que conciliar com a Copa do Mundo. Tivemos que replanejar  o Seminário e encaixá-lo nessa nova realidade, mas, com o esforço e empenho da sala, deu tudo extremante certo e até superou minhas expectativas”, contou.

A comissão organizadora estava um pouco pessimista devido aos imprevistos, mas ficou extremamente satisfeita com o resultado.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

Durante a apresentação, os alunos também falaram sobre uma questão muitas vezes não tão discutida quando se trata de dor: a sociológica. Diversas características externas influenciam a forma como observamos e analisamos esse fenômeno, como a idade e o gênero do indivíduo, a natureza da dor e também os aspectos culturais e sociais, que mudam de acordo com o contexto e nos fazem pensar a dor de formas diferentes. Ao conseguirem tratar deste tópico, a turma conseguiu apresentar um Seminário extremamente completo.

Valdete Fátima de Oliveira Camargo é mãe da estudante Lorena de Oliveira Camargo, que estava apresentando, e compareceu ao evento para prestigiar a filha. Valdete conseguiu acompanhar todo o processo de construção do trabalho de dentro de casa, quando Lorena ficava acordada até tarde fazendo pesquisas no computador e conversando e organizando o Seminário com seus colegas.

Valdete percebeu a importância da Fisioterapia quando fez uma cirurgia no joelho e não podia se locomover. Depois do tratameto, voltou a andar normalmente.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

“Foi um processo realmente desgastante e de interação entre eles, mas eu achei fantástico, desde o inicio até agora. A apresentação foi muito boa e surpreendente, principalmente pelo fato de eles ainda estarem no primeiro período e de ser o primeiro seminário. Acredito que esse trabalho foi o primeiro contato real, fora de sala de aula, do que vai ser a profissão deles, o que é fundamental para qualquer aluno que está começando. Além disso, foi também um desafio em que eles começaram a amadurecer de verdade a ideia do que é a fisioterapia”, comentou.