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Último Encontro com a Ciência e a Prática Profissional do semestre debate a "Prática de atividades físicas e esportes como intervenção para o desenvolvimento cognitivo de crianças"

05/07/2018 | 11:28

Por Iago Proença

Nem caminhada, nem futebol, nem queimada, nem esporte entre outras atividades físicas que não são praticadas por boa parte das crianças e adolescentes no mundo. Um estudo divulgado em outubro de 2017 pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o número de crianças e adolescentes com idade entre os cinco a 19 anos obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas.

O último Encontro com a Ciências e a Prática Profissional do Núcleo de Assessoramento a Pesquisa (NAPq) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, recebeu palestra sobre a “Prática de atividades físicas e esportes como intervenção para o desenvolvimento cognitivo de crianças", ministrada pelo docente Maicon Albuquerque, do Departamento de Esportes da EEFFTO.

O evento foi realizado no dia 28 de junho, no Mini-auditório da Unidade, confira abaixo as datas dos próximos Encontros:

 

Maicon Albuquerque explicou como a prática de atividades físicas e o esporte podem ser utilizadas como medidas combativas ao sedentarismo infantojuvenil. Para o pesquisador as pessoas fazem o que elas se sentem confortáveis fazendo.

“Temos investigado a idéia de que quando eu melhoro minha competencia motora, ou seja, quando eu tenho habilidades motoras bem desenvolvidas, eu vou querer fazer atividade física porque eu me sinto capacitado para faze-la e automaticamente eu vou me movimentar e vou ter os efeitos benéficos do movimento e do não sedentarismo. Então, nos defendemos a idéia de que o combate ao sedentarismo tenha como um dos mecanismos a melhora das habilidades motoras de nossas crianças fazendo que elas se movimentem mais e se sintam competentes para se movimentar”, ponderou." 

Maicon afirmou ainda que não adianta nada os fatores intrínsecos a habilidade ou seja ela promover uma corrida, ela promover desafios motores, desafios cognitivos se a criança não estiver envolvida no processo
Foto: Iago Proença/assessoria EEFFTO

O professor de futebol Moisés Francisco elogiou a organização do evento pela escolha do tema e ficou surpreso com a qualidade do conteúdo ministrado na palestra. Ele falou ainda sobre o papel do educador físico e dos profissionais da área do esporte no combate ao sedentarismo.

“Hoje nos profissionais da Educação Física e treinamento esportivo deparamos muito com sedentarismo. Principalmente quem trabalha com criança, cada vez mais precisamos trabalhar a prática do esporte e das atividades físicas com as crianças de uma forma agradável, para que ela tenha prazer em estar praticando esporte. Acredito que a partir do momento em que conseguirmos mesclar as duas coisas prazer da criança com a atividade física será enriquecedor”, disse.

Sempre que tiver oportunidade de vir em outros Encontros eu estarei presente com certeza para aprender mais
Foto: Iago Proença/Assessoria EEFFTO

O palestrante explicou ainda, como a prática do esporte e as atividades físicas podem contribuir de forma efetiva no desenvolvimento cognitivo das crianças. Ele citou ainda mecanismos que podem influenciar esse processo de aprendizagem.

“Num primeiro momento através da melhoria da aptidão aeróbia, possibilitam algumas mudanças morfológicas no cérebro que podem ser muito interessantes. Como por exemplo; o aumento da vascularização e do aporte sanguíneo. O segundo aspecto parece estar relacioando aos desafios motores, nesse caso já temos o conhecimento através de estudos com modelo animal mostrando que desafios motores promovem algumas mudanças morfológicas e ai especial o aumento da neurogênese que significa um aumento nos neurônios naquele espaço e em um terceiro momento utilizando atividades cognitivamente envolventes (habilidades abertas), como os jogos coletivos" , afirmou.
 
 

Alan Oliveira ficou sabendo do evento através do site da EEFFTO. Ele falou ainda sobre a abordagem do palestrante que trouxe vários estudos de maneira simples e objetiva.

Alan é estudante de Fisioterapia e estudioso da área de acupuntura

“As falas do conferencista sobre cognição e o processo de aprendizado das pessoas ajudaram bastante no entendimento sobre a dificuldade do outro, bem como para o desenvolvimento de um ser, como uma criança por exemplo”, comentou.