Mesa de debates sobre a saúde mental ocorreu na EEFFTO nesta quinta-feira | EEFFTO - UFMG  


Alto Contraste

PT ENG ESP





Mesa de debates sobre a saúde mental ocorreu na EEFFTO nesta quinta-feira

15/05/2014 | 17:40

 

Ocorreu na tarde desta quinta-feria, dia 15 de maio, a mesa de debate "Panorama atual da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial e perspectivas para o futuro", com a presença de terapeutas ocupacionais que trabalham na rede de saúde mental de Belo Horizonte, militantes da luta antimanicomial e usuários da rede.

Entre os presentes, a Professora do departamento de Terapia Ocupacional da UFMG, Regina Céli, afirmou que a universidade exerce um papel fundamental ao realizar uma programação especificamente relacionada à saúde mental. "É essencial que a universidade marque presença nessa luta, discuta e informe sobre. A Terapia Ocupacional está inserida nos movimentos e nas práticas, assim como outros departamentos, através do PASME (Programa de Extensão em Atenção a Saúde mental da UFMG), o que possibilita também uma convivência interdisciplinar.", afirma a professora.

A ideia do debate surgiu durante a recepção de calourosno qual os membros do CAFITO (Centro Acadêmico de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG) acharam válido discutir-se mais profundamente sobre o tema. Raquel Garcia, presidente do CAFITO, acredita que muito do conhecimento produzido na universidade não dá retorno para a população, o que só é possível mudar através de mais programas de extensão, como é o caso do PASME.

A usuária, militante e membra da ASSUSAM (Associação dos Usuários dos Serviços de Saúde Mental), Emílha Marques, considera que a rede de saúde mental de BH está melhorando e que a reforma no sistema começa nas atitudes diárias, pois do contrário é apenas teórica.Também militante e usuária da rede, Sílvia Maria diz ter a "utopia de sermos uma sociedade sem manicômios". "Para concretizar essa utopia os doentes mentais devem ser inseridos na sociedade, possuir mais direitos. Deve-se desmistificar o senso comum de que quem tem problemas mentais é perigoso", enfatiza Sílvia.

Terapeuta Ocupacional do Centro de Convivência São Paulo, Marta Soares acha que além da inclusão dessas pessoas na sociedade, é necessário também a existência de uma rede mais humana e coerente quanto às práticas e discursos e de profissionais mais qualificados.

A mesa de debate foi informal e descontraída, com as debatedoras sentadas no chão para possibilitar uma maior proximidade com o público, que se interessou pela causa, opinou e questionou.

Para saber mais e ter acesso a mais fotos da Semana de Saúde Mental na UFMG, acesse o facebook do PASME e o facebook da Saúde Mental.