05/09/2018 | 15:42
Por Isabela Trindade
Nesta terça-feira, dia 4 de setembro, a Ativa Jr UFMG, empresa júnior da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, promoveu a Palestra Paradesporto, com o objetivo de abordar a atuação dos profissionais das três áreas no esporte inclusivo.
O evento foi ministrado pela professora Andressa Silva de Melo, do Departamento de Esportes da EEFFTO, e fisioterapeuta do Comitê Paralímpico Brasileiro há 13 anos. De acordo com Andressa, o profissional da Fisioterapia pode atuar tanto na classificação funcional dos atletas com deficiência para inseri-los no meio esportivo quanto na prevenção, avaliação e reabilitação no momento em que se tornam atletas de alto rendimento.
“Quando o atleta paralímpico atinge o nível de alto rendimento, nós o tratamos como um atleta convencional, sempre mantendo um controle na questão das lesões, com preocupação e monitoramento constantes. Atualmente, a UFMG tem o Centro de Treinamento Esportivo (CTE), e nosso maior objetivo neste semestre é abrir o Centro para que pessoas com deficiência possam treinar conosco”, contou.
Alexandre Hermes de Azevedo, professor no Programa Superar BH e ex-técnico da equipe mineira de Basquete em Cadeira de Rodas, também esteve presente e discutiu sobre sua experiência na área e dentro do programa.
“Assim como a UFMG tem o CTE, nós também temos um Centro de Treinamento, onde recebemos pessoas com deficiência acima dos seis anos. Nosso foco principal não é o alto rendimento, mas às vezes recebemos associações que trabalham com isso. A grande maioria dos alunos participa do Programa Superar para praticar exercícios, ter um momento de lazer e socializar, sem caráter competitivo, o que mostra que o esporte é uma ótima ferramenta de inclusão”, explicou.
A aluna Marina Rodrigues Alves Pacheco se interessou pelo evento na esperança de saber mais sobre a área e sobre os parâmetros de treinamento e avaliação.
“Durante a minha graduação eu participei de um projeto relacionado a idosos amputados e desde então quis aprender mais e me envolver na área. Acredito que qualquer conhecimento que possamos adquirir sobre a deficiência no cenário esportivo é válido”, disse.
Heitor Vaselechen Rodrigues Teixeira, ex-presidente do Centro Acadêmico de Terapia Ocupacional (CATO) da UFPR e organizador de um evento sobre a inclusão do lesado medular no surf, também participou da palestra por meio de chamada de vídeo e falou da atuação do terapeuta ocupacional no esporte inclusivo.