24/09/2018 | 13:48
Por Laryssa Campos
A preocupação com o cuidado da memória é um dos pilares do Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef) da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO). Tendo em vista essa perspectiva, ocorreu entre os dias 19 e 21 de setembro o X Seminário Cemef com a temática “Diálogos Transnacionais na História da Educação Física”.
A abertura do evento foi realizada no Auditório Principal da EEFFTO às 14h. Nesse momento, a coordenadora do Cemef, Meily Assbú Linhales, comentou a escolha do tema de discussão dessa edição do Seminário.
“O processo de mundialização que hoje vemos na educação física ou educação do corpo é uma das preocupações que vão se estender e estarão conosco aqui nesses dias, mediando o nosso encontro com a temática da educação do corpo, da sensibilidade, da formação dos professores e da ginástica”, disse.
A professora também se pronunciou sobre a tragédia do Museu Nacional, uma vez que, a preservação desses espaços é uma constante dentro do Cemef.
“Nós sempre dedicamos em nos nossos encontros uma atenção sobre as politicas de acervo, essa é uma preocupação permanente do Cemef desde o dia em que decidimos entender esse âmbito e fomos aprendendo. Esse ano diante da calamidade que assistimos com o Museu Nacional, o que sempre foi nosso medo se torna urgente”, ponderou.
Na primeira mesa também estava presente a professora Letícia Julião, coordenadora da Rede de Espaços de Ciência e Cultura da UFMG, que explicou qual é o papel dessa instituição dentro da Universidade.
“A ideia da Rede é articular os espaços da UFMG que atualmente são vinte. Eles têm autonomia e se organizam por meio dessa ferramenta para potencializarem suas políticas, ações, projetos, e intensificar recursos. Enfim, o objetivo é construir alguns projetos em união. Isso tem se tornado muito comum em museus no mundo inteiro, inclusive no país, e tem trazido resultados muito positivos. Portanto, a Rede não tem papel de executar ou de gerir os museus, mas sim, de articular essas ações”, afirmou.
As professoras Ana Carolina Vimieiro Gomes, da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (Fafich), e Thais Nivea de Lima e Fonseca da Faculdade de Educação (Fae) foram convidadas para debater sobre abordagens transnacionais em estudos e os métodos utilizados.
Ao final, todos os presentes foram convidados para prestigiar a exposição de fotos Fragmentos e da formação de professores de Educação Física em imagens – Uruguai e Brasil (1920 – 1970).
Cássia Daniele Monteiro Dias Lima, ex-estagiária do Cemef, participou da seleção de fotos e as legendou para que fossem expostas, mas, relatou que ver as imagens expostas trás a elas outro significado.
“Nós já conhecemos as fotos, mas ter uma exposição é proporcionar sempre um novo olhar sobre elas. Fui juntando novos dados e também amadureci sobre elas. Fui conhecendo mais sobre a história e também dessa articulação entre educação física daqui e de outros países. Compreendi mais o momento que foi fotografado, e claro a idealização”, comentou.