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Agenda única celebra a consciência negra na UFMG em novembro

05/11/2018 | 12:56

Via CEDECOM

Estudantes, servidores técnicos e docentes e instâncias diversas da UFMG uniram-se para construir uma agenda de atividades que celebra neste mês a consciência negra. A programação do Novembro negro: reflexões e práticas sobre ser negro, que será realizado de 5 a 23 de novembro, tem o intuito de promover reflexão sobre a presença do negro na sociedade e na Universidade. A programação é aberta às comunidades interna e externa.

O evento é correalizado pelas pró-reitorias de Assuntos Estudantis, Graduação e Extensão, Diretoria de Ação Cultural, Coordenadoria de Assuntos Comunitários, Assufemg e coletivos estudantis. A agenda está disponível no site, que oferece também ferramenta que exporta as atividades para agendas pessoais no Google.

“A iniciativa visa à troca de afetos, à valorização e à visibilidade das práticas e saberes da negritude, bem como à formação e ao debate sobre asas relações raciais, a fim de promover uma cultura antirracista”, diz a diretora de Ações Afirmativas da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis, Daniely Reis Fleury. Segundo ela, as atividades vão abordar a história e a identidade negra, a construção das pautas e lutas do movimento negro no combate ao racismo e enfatizar a potência e a expressividade de negros e negras nos diferentes espaços. A programação é aberta às comunidades interna e externa.

As atividades que integram a agenda única foram inseridas em uma plataforma pela comunidade da UFMG, e a Prae as organizou levando em conta a viabilidade da execução. “Buscamos, por exemplo, evitar coincidências de horários e locais e verificamos alguns aspectos práticos da organização. Nossa mediação não teve qualquer sentido limitador”, salienta Daniely Fleury. Uma das sugestões foi a de que os organizadores das atividades optassem, preferencialmente, pelos fins de tarde ou pelo horário do almoço, para possibilitar a participação de públicos maiores.


‘Escrevivências’
Representante da Assufemg, associação que reúne servidores da UFMG, uma das parceiras do Novembro negro, Magna Oliveira lembra que o tema deve ser cada vez mais discutido, na perspectiva da valorização da diversidade e do fortalecimento das demandas da comunidade negra. “A cara da Universidade mudou nos últimos anos, e há um grande movimento de coletivos. A associação abraçou a ideia e quer unir esforços para realizar essa e outras iniciativas”, diz a servidora, que também é contadora de histórias e responsável pelas ações de comunicação da Assufemg.

Para a estudante de Ciências Sociais Julia Elisa, que coordena o projeto Preta Poeta – Escrevivências, Resistência e Liberdade, a atividade tem o papel de demarcar espaços e mostrar a produção de mulheres negras. “Elas ainda são poucas na Universidade, especialmente entre os docentes, mas existem. E devem receber apoio para a valorização de sua autonomia”, diz Julia, que vai coordenar uma oficina e uma intervenção poética no dia 21, às 17h, na Praça de Serviços.

Novembro negro insere-se na política de ações afirmativas executada pela Prae, que apoia atividades com protagonismo estudantil e atua na elaboração de estratégias de inclusão de estudantes negros, indígenas, LGBT e pessoas com deficiência. A Pró-reitoria dá suporte, por meio de edital anual, a projetos de ações afirmativas que possibilitem discussões e intervenções, visando promover grupos socialmente discriminados. Outros projetos que também desenvolvem atividades nesta edição são o EnegreSer, Africultura e Iranti Ser África. “Trabalhamos de forma articulada com os coletivos estudantis, participamos de grupos de estudo e fomentamos iniciativas de formação das comunidades interna e externa acerca das relações raciais”, destaca Daniely Fleury.

Acesse o vídeo da TV UFMG sobre o Novembro negro.