28/11/2018 | 15:00
Por Laryssa Campos
As sensações, os vícios e as histórias de cada um são trajetórias muito particulares. Esses elementos são os temas do segundo espetáculo produzido pela Companhia Casa do Beco, Lâminas. O grupo apresentou o espetáculo no dia 21 de novembro, no Auditório Principal da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO).
A ideia de abordar as relações humanas com as drogas lícitas, ilícitas e vícios em geral surgiu da experiência pessoal de um dos bailarinos em boate. O dançarino observava que muitos jovens faziam uso de produtos sem ter algum motivo aparente, como problemas familiares, modo que geralmente se justifica a utilização das drogas.
A equipe, então, começou a pesquisar os efeitos das drogas lícitas e ilícitas até ampliar seu panorama para os vícios do dia a dia. Amanda Gonçalves, assistente de direção, explicou como a coreografia foi estruturada a partir disso.
“A gente começou a pesquisar os vícios, por exemplo, no café, chocolate, açúcar, sal e celular a partir de drogas e vícios em geral. Então, começamos a criar a nossa coreografia em cima de sensações que as pessoas tinham quando estavam em determinadas situações usando produtos, porque a gente coloca mais como produto do que só droga. Criamos como seria, por exemplo, coreograficamente uma movimentação no estado de êxtase, não só a sensação, mas por ter usado ecstasy, por exemplo. Assim, o espetáculo vai mostrando várias viagens dentro desses produtos, dessas drogas, desses vícios”, falou.
A obra tem a direção de Victor Alves e classificação indicativa de 14 anos.