Cemef e PPGIEL promovem palestra sobre “Educação do Corpo, Divertimento e Natureza” com pós-doutoranda da Unicamp | EEFFTO - UFMG  


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Cemef e PPGIEL promovem palestra sobre “Educação do Corpo, Divertimento e Natureza” com pós-doutoranda da Unicamp

12/12/2018 | 13:33

Por Isabela Trindade

Com pesquisas dedicadas à prática cultural do veraneio nos séculos XIX e XX, com ênfase em sociabilidades e lazeres, vestimenta, paisagens, urbanismo e patrimônio, Joana Carolina Schossler, pós-doutoranda no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da Unicamp, esteve presente na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG no dia 07 de dezembro, para falar sobre o tema. A palestra “Educação do Corpo, Divertimento e Natureza” foi promovida pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer (PPGIEL) e pelo Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef) da EEFFTO e foi realizada no Miniauditório da Escola.

Mobilizada por perguntas sobre como o corpo se relaciona com a natureza, como ele se diverte e qual natureza individual e social mobiliza práticas culturais e sociais que caracterizam o corpo moderno, Joana começou suas pesquisas inicialmente tratando sobre os banhos de mar no Rio Grande do Sul há cerca de oito anos, interessada em saber como e por que as pessoas iam à praia todos os anos.

"O meu interesse era perceber como foi se dando a evolução do indivíduo em relação aos espaços naturais em questão”.
Foto: Isabela Trindade/Assessoria EEFFTO

“Comecei a procurar fontes e percebi que os indivíduos iam para esse ambiente primeiramente por uma questão medicinal, muito pautada por uma questão médica europeia, que estava sendo reproduzida no meu recorte, o Rio Grande do Sul. Depois, a prática de banhos medicinais se transformou em uma prática de lazer e divertimento, de forma que as pessoas queriam ter a liberdade de permanecer ali o tempo que quisessem, sem serem controladas pelo discurso médico ou por um dono de hotel que quisesse ditar horários”, contou.

A pós-doutoranda considera a descoberta e conhecimento de novos espaços um dos pontos principais da relação do ser humano com a natureza, além de proporcionar um maior autoconhecimento, das sensações e possibilidades de ação em conjunto com outras pessoas.

“Acredito que as pessoas precisam ter uma acesso a outra dimensão educacional, de vivenciar esses espaços respeitando a natureza ali presente. Não basta só incentivar os indivíduos a entrarem em contato com o ambiente ao redor, mas acima de tudo entender o que o lugar representa, como foi constituído e como mantê-lo bem cuidado”, disse.