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Festival de Inverno da UFMG começa sexta-feira

14/07/2014 | 11:19

 

A partir de sexta-feira, dia 18 julho, o campus Pampulha vai sediar a 46º edição do Festival de Inverno da UFMG. O evento, que tem como tema Campus, território experimental, está pautado no conceito do Bem Comum. Até 26 de julho o campus se transformará em espaço de construção coletiva e colaborativa, ambiente de intensa troca de experiências em que a Universidade será povoada por múltiplas vozes, culturas, cantos e línguas, como afirmação da diversidade de modos de viver em comum. Na programação oficinas, shows, palestras, saraus, debates, intervenções, performances, bicicletadas, piqueniques, filmes e rituais que visam estimular novas formas de partilha e cidadania cultural. Todas as atividades são gratuitas.

O Festival volta a Belo Horizonte depois de 23 anos - Diamantina sediou as duas anteriores – e encerra uma trilogia centrada na reflexão sobre questões cotidianas relacionadas ao pleno exercício da cidadania, como o direito à moradia, os impasses da mobilidade urbana, o protagonismo social na produção e circulação de conteúdo e a necessidade de uma convivência mais equilibrada entre as pessoas e o meio ambiente.

 

Programação diversificada

 

De sexta-feira a domingo, 18 a 20 de julho, o evento alterna cortejos e ritos de matriz africana, durante o dia, e o show do pernambucano Siba, com abertura do DJ Alexandre de Sena, na noite de sábado. Na tarde de domingo, o espaço Resistência Cultural recebe manifestações artísticas variadas, com bloco de carnaval, batalha de MCs, sarau, grafite e performances, em meio a uma bicicletada e um piquenique.

De 21 a 26 de julho, o festival começa às 9 horas com um café da manhã coletivo. Em seguida, uma série de encontros temáticos se debruça sobre um vasto campo de assuntos que estão na ordem do dia e impactam a noção de Bem Comum: Mobilidade Urbana, Biodiversidade em Trilhas, Mídias Públicas e Livres, Cultura Urbana e Campus e Cidade. À tarde, o público pode visitar a Feira de Tudo, um espaço para compra, venda ou troca de objetos, roupas, cacarecos e badulaques em geral. Às 18 horas o Cine Maloca exibe documentários dentro do espaço construído a partir de materiais alternativos. A mostra reúne filmes de realizadores indígenas e de diretores como o brasiliense Adirley Queirós.

No encerramento do festival, dia 26 de julho, a programação acolhe um grande piquenique coletivo, com troca de sementes entre os participantes, e abre espaço para um encontro de saraus e uma oficina de grafite. A mesa de encerramento acontece às 16 horas. Em seguida, os participantes caem na música negra com o Quarteirão do Soul, evento itinerante de soul music que ocupa com elegância e estilo as ruas de Belo Horizonte.

A programação artística inclui ainda intervenções, encenação do espetáculo teatral “A Vida dos Homens Infames”, dirigida por Cristiano Burlan, e o “Show de Likes – Fotografia Engajada [Erro 99]”, entre outras atividades. A grade de shows reúne artistas de cenários e localidades variadas. Além de Siba, alternam-se entre o Bosque da Música e o gramado da Reitoria nomes como Batucanto e Paulo Freire (ambos na terça, 22 de julho), Cinco Mestres do Samba, com Donelisa, Mandruvá, Mauro Saraiva, Plínio Saraiva e Mestre Conga (quarta, dia 23), o paraense Felipe Cordeiro (quinta, 24), Bro MCs e MC Dodô (sexta, 25) e Iconilli (no encerramento, sábado, dia 26).

 

De volta a BH

 

O 46º Festival de Inverno da UFMG é uma realização da Diretoria de Ação Cultural (a DAC) da Universidade Federal de Minas Gerais. Depois de 22 anos de itinerância pelo Estado, o festival concentra novamente suas atividades em Belo Horizonte. A versão 2014 encerra a Trilogia do Bem Comum, já experimentada nas duas edições anteriores, em Diamantina –onde o festival foi realizado nos últimos 14 anos.

Coordenador do festival desde 2012, César Guimarães considera que esta edição “busca implicar a Universidade nos dilemas que atravessam os nossos modos de vida em comum, fraturados por persistentes processos de exclusão e de produção da desigualdade.” A proposta, neste período, é que o campus seja “tomado por ocupações livres e democráticas dos espaços públicos, povoado por formas de sociabilidade e de conhecimento irrigadas pelas múltiplas manifestações da alteridade, em especial aquelas provenientes das culturas indígenas, afrodescendentes e urbanas.”

“É uma ocasião a ser celebrada”, diz Leda Martins, diretora da DAC. “Além de reintegrar territorialmente o festival à sua casa, ela nos oferece a oportunidade de repensar o seu modelo, rever sua história, integrar nas ações acadêmicas os aportes de sua longa itinerância, potencializar sua inserção nas diretrizes de política cultural da UFMG, criar novos vínculos e parcerias, partilhar sua rica experiência.”

 

Programação e informações sobre o evento:

46festivalufmg.wordpress.com

facebook.com/festivalufmg

twitter.com/festivalufmg

Redação: Cedecom.