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Cemef realiza exposições: "Federalização da Escola de Educação Física de Minas Gerais: entre movimentos antecedentes e decorrentes de sua incorporação à UFMG” e “A EEFFTO na UFMG, a invenção de um lugar”

25/10/2019 | 17:57

Por Assessoria EEFFTO

Como parte das comemorações dos 50 anos de federalização da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) e dos 40 anos de existência dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade, o Centro de Memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer (Cemef) realiza duas exposições: “Federalização da Escola de Educação Física de Minas Gerais: entre movimentos antecedentes e decorrentes de sua incorporação à UFMG”, e “A EEFFTO na UFMG: a invenção de um lugar”.

A exposição “Federalização da Escola de Educação Física de Minas Gerais: entre movimentos antecedentes e decorrentes de sua incorporação à UFMG”, tem o propósito de rememorar e celebrar a data, bem como olhar de forma crítica para esse processo, que não ocorreu sem tensões. É composta por documentação textual, iconográfica e objetos, principalmente do acervo do Cemef e pretende provocar reflexões sobre os impactos dessas mudanças no âmbito do ensino, da pesquisa e da extensão. 

Magnifíca Reitora da UFMG Sandra Regina 
Goulart Almeida
Foto: Thiago Peruch/Assessoria EEFFTO
Vicê-reitor Alessandro Fernandes (à direita)
e professor aposentado da EEFFTO
Élcio Paulinelli (à esquerda)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A coordenação geral é da professora Maria Cristina Rosa, do Departamento de Educação Física da EEFFTO. A docente destacou a complexidade do trabalho e o tempo dedicado para pesquisa e seleção dos itens do acervo do Cemef. Rosa explicou ainda, que para chegar ao resultado ideal a exposição possui várias etapas importantíssimas.

“A decisão da temática e do recorte temporal que ela iria abranger, considerando o acervo disponível; pesquisa no acervo do Cemef e seleção de material; decisão dos módulos a serem contemplados conforme a decisão curatorial bem como uma nova seleção do material, específica para cada módulo, entre os já separados; elaboração do layout da exposição; produção dos textos e legendas; montagem da exposição; divulgação da exposição;  inauguração da exposição. No mês de setembro e outubro a equipe, formada por 2 professores, 1 técnico-administrativo, 3 bolsistas (de extensão e pesquisa) e uma design e estudante de Museologia, trabalhou de maneira intensa em todas essas etapas. Para cada uma houve um tempo específico, sendo que a etapa de pesquisa no acervo foi uma das mais longas, porque foram pesquisados os Arquivos Institucionais, os Arquivos Pessoais de Professores, as fotografias, as plantas, e os objetos”, disse.

A exposição é dividida em três módulos: “Os movimentos”, que trata dos antecedentes da federalização, “Federalização”, que aborda o evento em si, e “Impactos”, centrado em algumas das alterações que a Escola de Educação Física teve que realizar para se adequar aos parâmetros e estatutos da Universidade. No intuito de narrar esse passado, foram mobilizados documentos fundamentais para a compreensão do processo de federalização, como fotografias da antiga sede na Gameleira, da construção do prédio no Campus Pampulha, atas de reuniões da Congregação da Escola, recortes de jornal sobra a federalização e objetos usados nos primeiros laboratórios de pesquisa.

A coordenadora geral da exposição “Federalização da Escola de Educação Física de Minas Gerais: entre movimentos antecedentes e decorrentes de sua incorporação à UFMG”, comenta ainda, sobre a decisão de produzir duas exposições num curto espaço de tempo. 

“A decisão de elaboração dessa exposição ocorreu no âmbito do Cemef, uma vez que o Centro guarda e preserva documentação sobre a Escola do início dos anos 1950 até o final da década de 1970, abrangendo o período no qual ocorreu a federalização. Além disso, o projeto de pesquisa e extensão “História oral: produzindo fontes sobre a Escola de Educação Física da UFMG e os 50 anos de sua federalização”, em curso, tinha como uma de suas metas a realização de uma exposição, sendo essa uma outra forma de divulgar o conhecimento produzido, para além das entrevista públicas que estão sendo realizadas”, comentou.

A exposição ficará aberta ao público até março de 2020, podendo ser visitada no horário de funcionamento do Cemef, de 8h às 11:30 e de 13:30 às 17h.
Foto: Iago Proença/Assessoria EEFFTO

Entrevistas públicas

Outra iniciativa realizada pelo Centro de Memória Educação Física, Esporte e Lazer são as entrevistas públicas com pessoas que atuam ou já atuaram na Escola. Já foram realiadas sete entrevistas e no próximo mês serão realizadas entrevistas com o professor aposentado Élcio Guimarães Paulinelli e com a professora Rosa Belma Afonso Viotti, ex-diretora da Unidade. Maria Cristina explicou os objetivos desta ação desenvolvida pela equipe do Cemef.

“É com objetivo de rememorar e celebrar essa data e de olhar de forma crítica para esses 50 anos que estamos realizando as entrevistas públicas, como uma das ações do Projeto de Pesquisa e Extensão, intitulado “História oral: produzindo fontes sobre a Escola de Educação Física da UFMG e os 50 anos de sua federalização”, que tem por objetivos estudar o processo de federalização da Escola; possibilitar a comunidade da EEFFTO conhecer e valorizar a Escola e sua história; valorizar trajetórias de (ex) profissionais e (ex)alunos na constituição da Escola; refletir sobre a constituição da Escola (e seus cursos) e produzir conhecimentos que possam promover e fortalecer laços na comunidade da EEFFTO; e produzir fontes para a Coleção História Oral do Centro de Memória da Educação Física da Universidade Federal de Minas Gerais (Cemef/UFMG), que serão posteriormente disponibilizadas para os consulentes”, comentou.

* Exposição “A EEFFTO na UFMG, a invenção de um lugar”:

A exposição “A EEFFTO na UFMG, a invenção de um lugar”, integra as comemorações dos 50 anos da Escola de Educação Física na UFMG. No ano de 1952 foram instaladas em Belo Horizonte a Escola de Educação Física do Estado de Minas Gerais e a Faculdade de Educação Física das Faculdades Católicas. A fusão das duas instituições aconteceu no ano seguinte, dando lugar à Escola de Educação Física de Minas Gerais. Em 1969, ela passa a pertencer à UFMG, embora seu prédio no Campus Pampulha tenha sido inaugurado apenas em 1978. Um ano depois, a Unidade acolhe também os cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Composta de 50 fotografias, escolhidas a partir de arquivos institucionais e de acervos pessoais de professores e estudantes da EEFFTO, as imagens expressam fragmentos do cotidiano e das ações na Escola e nos oferecem pistas sobre a invenção desse lugar, com seus sujeitos, suas práticas acadêmicas, seus tempos e espaços.

A exposição está aberta à visitação no segundo andar da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional até o final de novembro
Foto: Thiago Peruch/Assessoria EEFFTO

* Texto das professoras Giovanna Camila da Silva e Meily Assbú Linhales

O Diretor da Escola de Educação Física, Professor Gustavo Côrtes, destaca que a organização das comemorações dos 50 anos de federalização da EEFFTO, e dos 40 anos da chegada dos cursos de Fisioterapia e Terapia Ocupacional foi realizada por um grupo de professores, servidores e alunos, e durou cerca de 6 meses de elaboração. De acordo com o professor, a equipe do Centro de Memória da Educação Física, Esporte e Lazer conduziu o grupo e os trabalhos de forma magnífica, como lugar de preservação, salvaguarda e socialização da memória da Educação Física, do Esporte e do Lazer da EEFFTO, tornando o centro uma referência na UFMG.

"Os pedidos da equipe do CEMEF sempre foram tratados de forma especial, pois eu tinha certeza do trabalho e da qualidade com que seria tratada a história de nossa unidade. As exposições estão lindas e retratam com fidedignidade todas as áreas de atuação de nossa escola tão plural. Além disso, por meio de um trabalho sistemático de ordenamento e de catalogação de fontes organizadas em variadas coleções de ex professores, servidores e membros da comunidade da EEFFTO, a equipe do CEMEF potencializa desta forma ações para o ensino, a pesquisa e a extensão na nossa escola, produzindo estudos e pesquisas que, em uma perspectiva histórica, buscam investigar as práticas corporais, esportivas e de lazer em seus processos de produção cultural".