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Estudo da UFMG aborda imagem corporal e atitudes extremas em relação ao peso.

04/08/2014 | 15:35

 

No artigo Imagem corporal e atitudes extremas em relação ao peso em escolares brasileiros, o professor do Departamento de Nutrição da Escola de Enfermagem da UFMG, Rafael Moreira Claro, e as pesquisadoras do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção da Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Maria Aline Siqueira Santos e Maryane Oliveira-Campos, concluíram que a alta frequência de realização de práticas extremas para controle de peso entre os adolescentes brasileiros é alarmante e deve ser alvo de medidas na área de saúde e educação. “Foi constatado que os profissionais devem ser melhor preparados para abordar temas relacionados e orientar os jovens quanto à preocupação excessiva com o corpo, à imagem corporal e suas conseqüências”, pontuou Rafael Claro. 

 

Para a elaboração do estudo, foram consultados dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) 2012, que reúne informações com amostra representativa de alunos do 9º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas de todo o país, entre 13 e 16 anos. Os estudantes entrevistados responderam questões relacionadas a temas como imagem corporal e realização de medidas extremas em relação ao peso, além de dados sociodemográficos. 

 

No estudo foi constatado que pouco mais de 38% dos adolescentes não consideravam sua imagem corporal como normal. Mais de 15% dos escolares disseram realizar práticas extremas para controle do peso, somadas às práticas para perda e ganho de peso. “Chama a atenção o fato de um a cada dez adolescentes (9,2%) realizarem atividades extremas para perda de peso, como uso de laxativos, indução de vômitos ou consumo de medicamentos ou fórmulas. 

 

Outro fator em destaque é que esses comportamentos são frequentes até mesmo entre os indivíduos que se consideram magros ou normais. Por fim, devemos olhar com atenção também a grande proporção dos meninos que refere consumir medicamentos ou fórmulas para ganho de peso ou massa muscular (8,4%). Esses produtos não possuem indicação para esse público, podendo inclusive resultar em prejuízos severos a saúde, ”ressaltou o professor. 

 

Redação: Assessoria de Comunicação da Escola de Enfermagem da UFMG