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Professor da EEFFTO é ouro em competição internacional de judô

05/10/2015 | 09:36

O professor Gleyson Ribeiro Alves, da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG, foi um dos destaques do judô no Mundial de Veteranos 2015. A competição aconteceu em Amsterdã, entre os dias 21 e 24 de setembro. Gleyson conquistou o primeiro lugar do pódio na categoria M3 (masculino, entre 40 e 44 anos e pesando até 60 kg), obtendo três vitórias por ippons – golpes certeiros, perfeitos – nas três lutas que participou. 

Foto: Confederação Brasileira de Judô

Com 30 anos de história no judô, Gleyson coleciona  medalhas, mas, para ele, o primeiro lugar no Mundial 2015  teve peso especial. “Fui campeão seis anos seguidos, de  2006 a 2011, vice-campeão em 2012, e em 2013 não consegui ir, por falta de patrocínio. No ano passado retornei a competir, na Espanha, e fiquei em 5º lugar. É uma  superação pessoal, eu dei a volta por cima e cheguei ao  topo novamente”, conta. 

Sobre a barreira da idade, aos 42 anos, o professor diz  não ser fácil manter o alto rendimento. “Como no ano  passado eu fiquei em 5º lugar, eu fiquei bem chateado. Esse ano fiz uma preparação melhor, preparação psicológica, prática, técnica, tática e física. Eu estava muito confiante, e não tive muita dificuldade nas lutas”, garante. Quando o assunto é aposentadoria, ele não dá sinais de querer parar. “Todo ano eu penso que já estou velho, mas, como eu ainda estou tendo bons resultados, vou estendendo um pouquinho”.
  

 Tradição esportiva brasileira e o judô

Segundo Gleyson, a cultura esportiva brasileira muitas vezes é um entrave

Gleyson foi ouro no Mundial

para o desenvolvimento dos esportes de luta no país. “É uma questão cultural, no Brasil a concorrência é desleal com o futebol”, aponta. Além disso, segundo ele, falta suporte e estrutura para os atletas treinarem nas escolas. Porém, de acordo com o professor, a Lei de Incentivo ao Esporte tem beneficiado outras modalidades esportivas nas escolas, ainda que os grandes clubes se mantenham como os maiores centros de treinamento e apoio aos atletas. 

Apesar dessas faltas, o professor vê o Brasil como um dos gigantes do judô mundial, ao lado de Japão, China e Rússia, e aponta a equipe brasileira como forte competidora para os Jogos Olímpicos de 2016. “É uma esperança. O judô é o esporte brasileiro com mais medalhas olímpicas (19 medalhas). É uma equipe experiente, com atletas de bom desempenho a nível internacional, a expectativa é alta”, afirma.