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Milho, cartazes, brigas e homofobia: o duelo entre Atlético e Cruzeiro fora das quatro linhas

06/07/2017

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Mimimi ou desrespeito?

De acordo com Silvio Ricardo, coordenador do Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcidas (Gefut) da UFMG, a questão dos embates entre os torcedores, principalmente quando Galo e Raposa se enfrentam, está enraizada em questões sociais.

“Este comportamento agressivo, caracterizado pelo termo rivalidade, não é nada mais do que reflexo do momento vivido em nossa sociedade. Poderia ser manifestado de outras formas, caso não aparecessem no futebol”, diz Silvio.

Em relação aos termos “Maria” e “Franga”, utilizados por atleticanos e cruzeirenses, respectivamente, para ofender o rival, o coordenador do Gefut também classifica como agressão.

“Noutros tempos, era aceito chamar o jogador do outro time de macaco e arremessar rádio de pilha no gramado. Tudo isso ficou para trás. A sociedade mudou e muita gente ainda não enxergou”, analisa o coordenador do Grupo de Estudos sobre Futebol e Torcida.

Ainda de acordo com Silvio Ricardo, as ofensas homofóbicas inibem e afastam dos estádios um grupo de pessoas que se sente acuado pelo comportamento dos torcedores do, muitas das vezes, próprio clube de coração. (...)