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América avalia jogadores da base em parceria com UFMG

29/06/2020

Da iniciação ao Sub-20, os atletas são acompanhados por profissionais do Clube e da Universidade com o objetivo de aprimorar a qualidade técnica


Redação
24/06/20 - 18h37
Embora as categorias de base sigam sem perspectivas de retorno às atividades, por conta da pandemia da Covid-19, o América permanece aperfeiçoando o trabalho de formação dos atletas. Além da padronização de jogo, dos juniores ao profissional, o Coelho, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realiza um processo para aprimorar a evolução dos jovens jogadores. Desde a iniciação até o Sub-20, o atleta tem várias avaliações específicas, seja em jogos ou treinamentos, a partir dos critérios elaborados pelo departamento de esportes da Universidade, identificando as necessidades e carências de cada jogador.

Em live promovida pela assessoria do Clube, o diretor de futebol de base, Frederico Cascardo, comentou sobre o trabalho em conjunto das duas instituições e sobre a utilização da ciência no esporte. “Sou formado em Educação Física e sabemos da importância dos estudos e teoria. A gente avaliou a necessidade de ter uma pessoa acompanhando conosco, dentro do projeto, tudo aquilo que estava sendo desenvolvido.

São dados muito importantes para qualquer tipo de avaliação e na evolução do atleta dentro do seu processo de formação”, reforçou Cascardo. As primeiras conversas desta parceria surgiram tão logo Frederico Cascardo chegou ao América, e em novembro de 2019, o projeto foi colocado em prática. Para o doutor em Ciência do Esporte e professor do departamento de esportes da UFMG, Gibson Moreira, a formação de um atleta exige um acompanhamento minucioso e o Coelho é um dos poucos clubes com um trabalho completo. 

“Formar um atleta de futebol não é algo simples, é bastante complexo. O atleta que chega lá no alto nível, nos grandes clubes, é um atleta completo do ponto de vista físico, técnico, psicológico e tem todo entorno que ajuda. As vezes a gente tem atletas que são ótimos fisicamente, mas têm dificuldade na parte psicológica e não conseguem lhe dar com pressão e gestão da carreira. Então, hoje eu posso dizer que o América é um dos poucos
clubes do Brasil que tem, desde o primeiro ano que o atleta entra no clube até o último ano, protocolos de avaliação de acompanhamento cientificamente validados e coerentes, que nos permitem conhecer melhor o atleta”, comentou Gibson.

O professor ainda destacou os desafios do trabalho durante a interrupção do futebol, por conta do coronavírus, e a expectativa de implementar os novos métodos de avaliação. “Claro que esta pandemia acabou dificultando algumas questões que a gente colocou como meta, no início do ano, mas tenho certeza que vamos ter muito tempo para colocar tudo em prática. A gente vai conseguir contribuir muito nessa avaliação dos atletas, para que os treinadores e preparadores físicos tenham mais informações e mais elementos para ajustar o treinamento. Com isso, vamos ter atletas ainda melhores e ainda mais capacitados, que é a essência do América”, ressaltou.