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Olimpíadas em Tóquio potencializam risco de circulação de variantes

24/07/2021

Professor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da UFMG, o fisiologista Eduardo  Pimenta é medalhista olímpico. Ele era membro da equipe técnica da equipe de futebol que venceu o ouro nas Olimpíadas do Rio-2016. Mesmo assim, é categórico: este não é o momento ideal para a realização do evento em Tóquio. ?Não existe protocolo totalmente seguro no mundo. Quem afirma que existe segurança no processo está falando no escuro, porque hoje a ciência tem mais perguntas do que respostas sobre o vírus. Essa alta capacidade de mutação do coronavírus é uma grande preocupação em todas as áreas da ciência?, diz o professor. Para ele, o encontro entre pessoas de tantas etnias diferentes pode potencializar a formação de novas variantes.

Para que o problema seja mitigado, para ele é fundamental que haja uma conscientização de todos os participantes dos jogos, reforçando que os cuidados não podem ser esquecidos nem mesmo entre as pessoas vacinadas. Questionado por que 25% dos 301 atletas brasileiros não teriam completado o esquema vacinal, Pimenta diz que essa atitude é motivada pelo egoísmo. ?Muitos que se vacinam têm febre e desconforto. O atleta passa quatro anos treinando para uma prova que pode durar dez segundos, se fomos pensar numa final de 100 metros rasos, e alguns acham que pode perder condição atlética com a vacina. Mas negar a vacina é não mostrar respeito ao próximo?.