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UFMG busca crianças com autismo para estudo de análise de movimento; entenda

20/02/2024

Sucesso mundial, os filmes da franquia “Avatar” estão presentes nas maiores bilheterias da história do cinema.

E um dos pontos que mais encantaram as pessoas, são as técnicas de análise de movimento. E a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) tem usado essa tecnologia como referência para um estudo que envolve o controle corporal de crianças com transtorno do espectro autista (TEA).

O Sistema de Análise do Movimento Tridimensional é a ferramenta usada no projeto. Ela permite que os pesquisadores possam capturar o movimento humano em três dimensões e fazer uma análise de alta precisão.

Diferentemente de estudos tradicionais, essa é uma pesquisa que também analisa a postura das crianças quando estão sentadas. Algo fundamental, principalmente pelo fato dos pacientes passarem grande parte do dia sentados em bancos escolares.

De acordo com Letícia Paes, mestranda da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG e responsável pelo trabalho, marcadores reflexivos capturam os movimentos. Eles são colocados em pontos anatômicos específicos do corpo, como articulações e segmentos corporais.

“Câmeras infravermelhas capturam a imagem dos marcadores em várias posições ao longo do tempo, que são analisadas e processadas por softwares capazes de determinar a posição tridimensional de cada marcador em relação ao espaço”.

“O processo conta, ainda, com um software que realiza uma série de análises, incluindo cinemática, cinética e de postura, amplitude de movimento, velocidade e aceleração, entre outras”, completa.

Letícia ainda explica que o trabalho desenvolvido tem o “potencial de fornecer insights valiosos sobre os desafios motores enfrentados por crianças com TEA”.

Com isso, seria possível entender com mais clareza dificuldades motoras de forma precoce, monitorar o progresso e avaliar como estão as intervenções nas crianças que são diagnosticadas com essa condição.

Saiba como participar

O projeto, desenvolvido pelo Laboratório de Análise de Movimento (LAM) da EEFFTTO, em parceria com a Faculdade de Ceilândia da Universidade de Brasília (UnB), reúne crianças com TEA e típicas (sem nenhuma peculiaridade de saúde) que tenham entre seis e oito anos.

Para participar, os responsáveis devem agendar um horário com a equipe do estudo por meio de um preenchimento de formulário ou pelo WhatsApp: (37) 99951-2294 ou (37) 99129-3887.

No mês de março, vão começar as coletas em Brasília, no campus Ceilândia da UnB. Todos os participantes receberão relatório com os resultados preliminares obtidos durante a participação no estudo.

João Lages