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EEFFTO recebe Lino Castelanni para debate sobre reforma curricular dos cursos de educação física

06/12/2017 | 14:30

Por Jéssica Romero

A formação dos professores e profissionais da educação física esteve em debate no  dia 01 de dezembro, na Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO) da UFMG. Para a ocasião, a Escola recebeu o pesquisador Lino Castelanni Filho, professor da Universidade de Brasília (UNB) e autor do livro "Educação Fìsica no Brasil: a história que não se conta", que completará 30 anos em 2018 e já está em sua 25º edição.

O diálogo "As Novas Diretrizes Curriculares dos cursos de Graduação em Educação Física: limites e possibilidades" foi organizado junto ao Núcleo de estudos em Educação Física Escolar (ProEFE), e teve mediação da professora Meily Assbú Linhales, do Departamento de Educação Física. O projeto que prevê a reforma diverge opiniões e voltou a ser debatido no ano passado, 2016. 

O evento contou com a presença e a interação de discentes e docentes da Escola - Foto: Assessoria EEFFTO/Jéssica Romero

Entre as pautas discutidas estavam alguns pontos chaves que embasam perspectivas de mudanças: a escolha por bacharelado ou licenciatura antes do ingresso ou depois; a falta de diálogo e de um modelo de integração entre os cursos e faculdades pelo Brasil; a reforma do ensino médio; o contexto histórico e político em que as reformas educacionais são pensadas e ocorrem e etc.

 No caso da licenciatura em educação física, Lino destacou a necessidade de um currículo que tenha como base uma formação em educação. Para ele, é preciso que a grade curricular contemple uma discussão crítica sobre a escola pública e a realidade social que os professores de educação física enfrentam  em aula.

Sobre o bacharelado, o docente afirmou que acredita ser urgente um olhar para o esporte e a prática de exercícios físicos como práticas sociais. De acordo com ele, as grades curriculares precisam de perspectivas mais voltadas às demandas coletivas, que envolvem um campo de atuação na saúde pública e nos programas sociais e políticas públicas que fomentam o esporte o lazer.

“Esse assunto vem se arrastando nesse contexto político desde o golpe de 2016. É preciso entender as implicâncias dessa reforma construindo um  entendimento disso com imparcialidade nesse momento grave que a educação pública brasileira está passando. E imparcialidade não quer dizer neutralidade, pois neutralidade na ciência é algo que não existe”, disse

Lino cursou sua graduação em educação física na USP - Foto: Assessoria EEFFTO/Jéssica Romero

O estudante do sétimo período de educação física Caio Lucchesi esteve na atividade e ressaltou a importância da contribuição de docentes de outras universidades ao debate.

“Lino é uma pessoa que já tem um acúmulo de conhecimento sobre o tema, então ao se juntar aos nossos professores ele pode conhecer nosso contexto e as questões que nós alunos trazemos. O papel do estudante é pontuar aspectos através de um olhar que o corpo docente não vivencia”, disse.

Caio está em fase de estágio nas escolas da cidade - Foto: Assessoria EEFFTO/Jéssica Romero

A presença de Lino também foi destacada por Leandro Oliveira, graduando em licenciatura em educação física que também participou do evento.

“Ele traz uma leitura muito lúcida da realidade da educação física brasileira. Acredito que essa discussão possibilita já repensar nossa formação e o que vem pela frente. Vivemos numa sociedade onde as mudanças ocorrem de forma cada vez mais rápidas, então precisamos refletir sobre como isso acontece”, afirmou.

Leandro está no sétimo período da licenciatura - Foto: Assessoria EEFFTO/Jéssica Romero 

Lino Castelanni também esteve na EEFFTO para conhecer o CEMEF  e possibilitar uma parceria com o Centro. Saiba por aqui  mais informações sobre a visita do pesquisador.