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Marta Sobral, do Ministério do Esporte, visita CTE: ‘espaço maravilhoso’

29/06/2023 | 13:20

Por Ewerton Martins Ribeiro – Cedecom – UFMG

 

Secretária Nacional de Esportes de Alto Desempenho e dirigentes da UFMG discutiram estratégias de financiamento para o centro, referência na formação de atletas no país

“Eu agradeço por ter podido conhecer um espaço tão bonito como este – e principalmente com as pessoas utilizando. O que a gente quer é isso: que não haja espaços mal utilizados. Não é para ficar ocioso. E aqui estamos vendo as pessoas usando a pista de atletismo, usando a piscina, usando os tantos outros espaços que eu conheci aqui. Então eu estou muito feliz. O que a gente quer é que se gaste os espaços, que se use os espaços. E este é um espaço maravilhoso.” Assim a ex-atleta Marta Sobral, secretaria nacional de Esportes de Alto Desempenho do Ministério do Esporte, resumiu suas impressões sobre as instalações do Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG. A visita ocorreu na tarde desta quarta-feira, 28.

Marta com alguns dos integrantes da premiada equipe de halterofilismo do CTE Foto: Foca Lisboa | UFMG

 

De manhã, a secretária se reuniu com a reitora, o vice-reitor, diretores e assessores, antes de visitar as instalaçõesFoto: Foca Lisboa | UFMG

 

Antes, na parte da manhã, a pivô da seleção brasileira de basquete das décadas de 1980, 1990 e 2000 – medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos de Havana, em 1991, e medalha de prata dos Jogos Olímpicos de Atlanta, de 1996, entre outras tantas conquistas – se reuniu com a reitora Sandra Regina Goulart Almeida e com os professores Sergio Teixeira da Fonseca, diretor do CTE, e Gustavo Pereira Côrtes, diretor da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), para estudar possibilidades de reaproximação entre a Universidade e o Ministério do Esporte, hoje sob o comando da também ex-atleta Ana Moser, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta, no voleibol indoor.

Marta Sobral e atletas na pista de atletismo do CTE-UFMG Foca Lisboa | UFMG

 

Depois da reunião, a secretária visitou alguns laboratórios da EEFFTO. “Passamos, entre outros, no Laboratório de Análise do Movimento (LAM), no Laboratório de Prevenção e Reabilitação de Lesões Esportivas (Laprev), no Laboratório de Fisiologia do Exercício (Lafise) e no Laboratório de Estudos e Pesquisa em Esportes de Combate (Lepec), especializado em lutas”, enumerou Gustavo Côrtes, diretor da EEFFTO. “Na visita, Marta conheceu laboratórios de ponta, alguns sem similar em nenhum outro lugar do Brasil”, pontificou a reitora.

Na pauta do encontro estavam estratégias para o fomento das atividades desenvolvidas no CTE. “Nosso objetivo foi demonstrar que a Secretaria de Alto Desempenho e o Ministério podem contar com a UFMG para qualquer projeto que eles queiram implementar, porque a gente tem a infraestrutura. É um potencial enorme que temos aqui”, resumiu a reitora Sandra Goulart Almeida. 

Atletas da natação – Foca Lisboa | UFMG

 

O apoio que o CTE recebia desde 2012 (época da inauguração de suas atividades, com a criação da pista de atletismo) para o seu projeto olímpico foi encerrado em 2021. Já o apoio destinado ao projeto paralímpico (formalizado em 2016, ano em que houve o 1° Super Meeting de Atletismo, e o CTE recebeu a equipe britânica olímpica e paralímpica em preparação para o Rio2016, pouco depois da inauguração do Parque Aquático) termina neste ano. A expectativa, portanto, é de que este seja um momento de renovação do projeto paralímpico e de reativação do projeto olímpico. Os projetos são renovados a cada dois anos.

“Desde 2021, a gente vem tendo certa dificuldade. Hoje, por exemplo, dependemos do trabalho voluntário dos treinadores que compõem a equipe do CTE, o que não é o cenário ideal. O que queremos é apresentar as nossas necessidades e, ao mesmo tempo, demostrar a grande importância do CTE para o esporte mineiro”, afirma Sérgio Fonseca.

 

Retomada dos investimentos


Um tema central da visita foram os cortes orçamentários dos últimos anos, que estão ameaçando o funcionamento do centro. “O CTE é uma estrutura que realmente custa caro para a Universidade”, avaliou a reitora. “Temos muita dificuldade para manter suas instalações funcionando; então precisamos de parcerias público-privadas para sustentá-lo. Nesta visita, estamos colocando as nossas estruturas à disposição do Ministério do Esporte para o que for necessário – não apenas para atividades de alto rendimento, mas para qualquer tipo de atividade esportiva que seja importante para o Ministério e para a sociedade”, disse Sandra Goulart.

O diretor do Centro de Treinamento Esportivo contextualiza essa importância. “O CTE atende não somente a clubes, mas principalmente a crianças – são jovens que, em grande parte, vivem situações de desvantagem social. Sabemos que o esporte é um processo transformador; ele dá oportunidades a essas crianças de encontrar um novo caminho, ter outra perspectiva de educação – isso associado ao esforço próprio, às conquistas. Portanto, o CTE tem, sim, um papel no alto rendimento, que é a vocação dele, para a qual ele foi construído, mas tem também um papel social muito importante – que fica comprometido com o encerramento dos projetos”, destaca.

 

Esporte, educação e cidadania


O Centro de Treinamento Esportivo (CTE) da UFMG é uma referência nacional na detecção, no desenvolvimento e no aprimoramento de talentos esportivos, na disseminação de métodos de treinamento e na geração de conhecimento multidisciplinar nas ciências do esporte. Por meio de projetos que contemplam tanto atletas de alto rendimento quanto crianças e adolescentes em condição de vulnerabilidade social, o CTE associa o esporte à educação e à cidadania.

Com a equipe multidisciplinar (que conta com professores da UFMG, estudantes de graduação, mestrado e doutorado e profissionais contratados), o CTE oferece aos atletas serviços nas áreas de biomecânica, fisiologia, fisioterapia, nutrição, ortopedia, medicina, psicologia do esporte e enfermagem. 

 

 

Atualmente, são atendidos cerca de 400 atletas, que vão da iniciação ao alto rendimento – destes, 120 estão vinculados ao projeto paralímpico. No alto rendimento, são ofertadas as seguintes modalidades olímpicas e paralímpicas: atletismo, halterofilismo, natação, nado artístico, taekwondo e triatlo.

Em sua estrutura física atual, o CTE conta com moderna pista de atletismo certificada pela Associação Internacional das Federações de Atletismo, uma piscina olímpica coberta e aquecida, vestiários, saunas, banheiras de hidromassagem, tanques de crioimersão, sala de fisioterapia, sala de treinamento de força e almoxarifado esportivo – além de laboratórios, consultórios, enfermaria, salas administrativas, cozinha industrial e auditório com capacidade para 60 pessoas.